sábado, 22 de agosto de 2009

SÁBADO É DIA DE MUITO ROCK EM BELÉM

DJs da Festa ON THE ROCKS

3º aniversário do ON THE ROCKS

Apresenta:

REMEMBER 80s II (SAVE FERRIS!)

Para comemorar três anos do coletivo de DJs On The Rocks!, acontece o tributo ao universo musical dos filmes do diretor, produtor e roteirista norte-americano John Hughes.
Ele foi o responsável pelo sucesso de filmes memoráveis dos anos 80, como “A Garota de Rosa-Shocking”, “Clube dos 5”, “Gatinhas e Gatões”, “Antes Só do que Mal Acompanhado”, “Mulher nota 1000”, entre muitos outros.
Para fazer o público relembrar (ou conhecer) as músicas que embalaram esses filmes, em fantásticas trilhas sonoras, os DJs Ruy Oliveira, Alex Pinheiro, Dani Carvalho e Márcio Souza, junto ao convidado especial DJ Fábio Miranda, do projeto “Só 80”, vão fazer uma festa especial.
Entre as bandas homenageadas estão: Simple Minds, New Order, The Smiths. Echo and the Bunnymen, Oingo Boingo, David Bowie, INXS, entre muitas outras.
A festa Remember 80s II (Save Ferris!) será realizada no mais novo espaço da noite de Belém: Boteco da Tamandaré (Tamandaré, entre São Francisco e 16 de Novembro, próximo ao Aslan).
Haverá sorteio de brindes a noite toda!

Data: 22/08/2009 (sábado)
Ingressos: R$ 7 antes das 22h, depois R$ 10.
Mais informações: 9116-8094


CONHEÇA MAIS SOBRE HUGHES

“(…) A vida passa muito depressa. Se não paramos para curti-la, ela escapa por nossas mãos”.
“(…) Se alguém não acredita em mim, não posso acreditar nesse alguém”.
“(…) Eu prefiro estar com qualquer um pelos motivos errados do que sozinha pelos certos”.

Se, ainda hoje, os trechos destes diálogos não soam como trivialidades pueris, é provável que você tenha exercitado seu imaginário adolescente ao longo dos anos de 1980 (ou adjacências), em memoráveis Sessões da Tarde povoadas pelas narrativas de John Hughes. Evidentemente, não podemos excluir aqueles que, em sua vida mundana e recentemente adulta, puderam desfrutar de matinês domésticas, no início do século XXI.
Mas, não se trata de discutir (aqui) cronologias de gerações ou relembrar as desventuras de Ferris Bueller, Andie Walsh e Amanda Jones, nos respectivos longas: “Curtindo a Vida Adoidado” (1986), “A Garota de Rosa-Shocking” (1986) e “Alguém Muito Especial” (1987). Menos ainda, endossar o discurso que sustenta a comercialização e a banalização da nostalgia. Qualquer menção a respeito desses filmes – seja qual for – não pode ser desvinculada de seus testemunhos musicais.
A dramatização e encenação dos dilemas juvenis, sobretudo no lado ocidental do planeta, é tão universal quanto à idéia de que cada transcorrer de momentos – estilizados, idealizados ou cotidianamente vivenciados – pode ser traduzido ou imaginado através de um repertório musical. E a maestria de John Hughes está em construir fábulas juvenis, nas quais a trilha sonora constitui uma sinopse “do” e “para o filme”.
Em Alguém Muito Especial, não apenas uma das personagens principais (Amanda Jones) remete ao título de uma música dos Rolling Stones, como também os outros dois personagens centrais – Keith e Watts – são batizados com os nomes dos integrantes da banda. Entretanto, Hughes não restringe sua composição poética através desses singelos batismos e nos brinda, então, com uma trilha sonora que congrega Jesus and Mary Chain e a combativa banda alemã Propaganda, que é tocada no início do filme quando Watts está tocando bateria.
Aqueles que acompanharam as incertezas de Keith rememoraram, certamente, a história da “garota de rosa-shocking”, embalada por The Psychedelic Furs (com a música “Pretty In Pink”, relançada especialmente para o filme), Echo & the Bunnymen, New Order (que acompanha Andie enquanto ela reforma o vestido do baile), The Smiths, INXS, Suzane Vega, Orchestral Manoeuvres In the Dark (pontuando o grande final), entre outros. Engraçado notar que a trilha do filme – que prima pela diversidade – é muito mais reverenciada e presente no (in)consciente coletivo, do que propriamente os personagens Andie, Duckie e Blane. O que demonstra o valor da música como uma legenda do filme.
E alguém tem dúvida de que “Oh Yeah” (Yello) nas cenas finais de “Curtindo a Vida Adoidado” não é a melhor tradução daquele momento? O filme – que reúne nomes como (os “hippies” do) Dream Academy, Wayne Newton (“dublado” por Ferris) e Sigue Sigue Sputnik (magistralmente escolhida para caracterizar a sequência inicial do filme, quando Ferris dá aulas sobre como cabular aulas) – dispensa uma “sinopse musical” didática. Se você possui um aparelho de TV – adquirido ao longo desses últimos vinte anos – deve lembrar do discurso de apresentação que antecede a música que Ferris toca na Parada de Chicago.
E, para os colecionadores de “momentos”, não podemos esquecer as várias referências presentes no longa: as músicas de Star Wars, Jeannie (tema de “I dream of Jeannie”) e o pôster do Simple Minds – que fez parte da trilha de “Clube dos Cinco”, 1985 – no quarto de Ferris.
Não há como duvidar de que essas músicas constituem uma extensão natural das cenas e atribuem sentido à narrativa como uma totalidade – que conjuga signos, representações e imagens – dotando o filme da capacidade de despertar memórias afetivas.
Seria um ato indecoroso e de uma redundância indecente querer “provar” a perfeita sinergia entre essas músicas e os filmes. Qualquer “tentativa de artigo” nesse sentido fere um princípio da mais profunda lógica: os clássicos não precisam de mediadores.

Por Regina Ikezaki
Fonte: http://pt-br.wordpress.com/tag/trilhas-sonoras/



----------------------------------------------------------------------------------------------




--------------------------------------------------------------------------------------------





Nenhum comentário: