Vivendo do Ócio - Por Rafael Kent
Rafael Kent é um dos grandes nomes da nova fotografia nacional. Conheça o trabalho e o que pensa esse baiano sobre fotografia, rock paraense e baiano. "Pra quem quiser conferir meus trabalhos: http://www.rafaelkent.com e http://www.flickr.com/rafaelkent".
Quando começou o teu interesse por Rock? E posteriormente pela fotografia? Existe na tua trajetória essa paralelidade: fotografia e rock?
Cara, é engraçada essa pergunta porque não tenho a mínima idéia de quando começou meu gosto pelo rock, foi desde tão cedo que eu nem consigo me lembrar. Quando eu era muleque (ou quando comecei a me entender por gente) já lá em Salvador lembro que pedia pra minha mãe discos do Elvis e do Jackson (claro, era o mestre). Lembro que via umas propagandas do disco do Elvis na TV (as colêtaneas) e ficava dançando igual a ele.
Mas depois disso entrei numa fase negra de música baiana, não havia muito com quem compartilhar as coisas, não havia internet e material e pessoas que curtiam rock era escassas. Sem contar que pra grande maioria quem ouvia rock (ainda mais na Bahia) era bandido, maloqueiro e tatuava "666" na testa. Mais ou menos isso...
Mas quando eu já estava com meus 13 anos um amigo me apresentou as músicas do Iron e do Metallica que nessa época estava com o Black album. Foi aí, que "a Força me trouxe de volta".
Mesmo assim não foi dessa vez que comecei de verdade a frequentar os lugares e a ouvir o que ouço hoje, mais pra frente que resolvi começar a trabalhar com bandas, produção e me envolvi de cabeça nisso tudo.
Mudando pra SP as coisas melhoraram por um lado e pioraram em outras, mas é a vida, após cinco anos morando nessa cidade caótica é que as coisas começaram a engrenar, acho que é o natural quando você se muda de mala e cuia pra outro lugar imenso, sem um passado e sem nada certo.
Quanto a fotografia nunca houve de fato essa paralelidade que você mencionou, o que aconteceu é que como eu sempre conheci muita gente do meio da música devido aos meus trabalhos como produtor foi mais fácil ter acesso privilegiado a algumas pessoas e alguns shows.
Hoje faço fotos de shows porque gosto, principalmente de rock, mas estou focando em outras coisas como moda e fotografia no geral. Quando, por exemplo, fotografei o Cesar Menotti & Fabiano no Credicard Hall, foi engraçado.
Quais momentos mais interessantes em todo esse teu trajeto como fotógrafo?
Acho que não houve "os momentos", mas tá sendo tudo muito bom. Por exemplo, quando realizei meu primeiro ensaio de moda tomei um susto com o resultado, porque ficou além do que eu achei que fosse ficar e o da equipe também. As modelos levaram as fotos pra agência e o booker de lá entrou em contato comigo querendo saber mais do meu trabalho.
Essas coisas são sempre gratificantes, viajar de turnê com o Sugar Kane também foi muito bacana, com o Leela, com O Círculo, Diamba, Terceira Edição e toda essa galera é sempre bem legal. São esses os momentos interessantes e gratificantes.
Quais são os trabalhos para o futuro?
Como disse estou correndo atrás de fotografia de moda e publicidade, estou sempre procurando pessoas para servir de assistente inclusive, você consegue aprender muito com isso. E estou apostando em duas bandas de amigos que com certeza vão causar algum barulho mais pra frente, o Vivendo do Ócio e o Terceira Edição.
E é claro, o que você poderia destacar do Rock Paraense? E também do Rock Baiano?
Olha Sidney, do rock paraense você já deve saber da minha resposta óbvia, o Madame Saatan com certeza, primeiro porque a banda é irada, pesada e a vocalista é demais ao vivo, grande Sammliz. E em segundo porque meu grande amigo Jera fez parte desse primeiro CD deles.
Rafael Kent é um dos grandes nomes da nova fotografia nacional. Conheça o trabalho e o que pensa esse baiano sobre fotografia, rock paraense e baiano. "Pra quem quiser conferir meus trabalhos: http://www.rafaelkent.com e http://www.flickr.com/rafaelkent".
Quando começou o teu interesse por Rock? E posteriormente pela fotografia? Existe na tua trajetória essa paralelidade: fotografia e rock?
Cara, é engraçada essa pergunta porque não tenho a mínima idéia de quando começou meu gosto pelo rock, foi desde tão cedo que eu nem consigo me lembrar. Quando eu era muleque (ou quando comecei a me entender por gente) já lá em Salvador lembro que pedia pra minha mãe discos do Elvis e do Jackson (claro, era o mestre). Lembro que via umas propagandas do disco do Elvis na TV (as colêtaneas) e ficava dançando igual a ele.
Mas depois disso entrei numa fase negra de música baiana, não havia muito com quem compartilhar as coisas, não havia internet e material e pessoas que curtiam rock era escassas. Sem contar que pra grande maioria quem ouvia rock (ainda mais na Bahia) era bandido, maloqueiro e tatuava "666" na testa. Mais ou menos isso...
Mas quando eu já estava com meus 13 anos um amigo me apresentou as músicas do Iron e do Metallica que nessa época estava com o Black album. Foi aí, que "a Força me trouxe de volta".
Mesmo assim não foi dessa vez que comecei de verdade a frequentar os lugares e a ouvir o que ouço hoje, mais pra frente que resolvi começar a trabalhar com bandas, produção e me envolvi de cabeça nisso tudo.
Mudando pra SP as coisas melhoraram por um lado e pioraram em outras, mas é a vida, após cinco anos morando nessa cidade caótica é que as coisas começaram a engrenar, acho que é o natural quando você se muda de mala e cuia pra outro lugar imenso, sem um passado e sem nada certo.
Quanto a fotografia nunca houve de fato essa paralelidade que você mencionou, o que aconteceu é que como eu sempre conheci muita gente do meio da música devido aos meus trabalhos como produtor foi mais fácil ter acesso privilegiado a algumas pessoas e alguns shows.
Hoje faço fotos de shows porque gosto, principalmente de rock, mas estou focando em outras coisas como moda e fotografia no geral. Quando, por exemplo, fotografei o Cesar Menotti & Fabiano no Credicard Hall, foi engraçado.
Quais momentos mais interessantes em todo esse teu trajeto como fotógrafo?
Acho que não houve "os momentos", mas tá sendo tudo muito bom. Por exemplo, quando realizei meu primeiro ensaio de moda tomei um susto com o resultado, porque ficou além do que eu achei que fosse ficar e o da equipe também. As modelos levaram as fotos pra agência e o booker de lá entrou em contato comigo querendo saber mais do meu trabalho.
Essas coisas são sempre gratificantes, viajar de turnê com o Sugar Kane também foi muito bacana, com o Leela, com O Círculo, Diamba, Terceira Edição e toda essa galera é sempre bem legal. São esses os momentos interessantes e gratificantes.
Quais são os trabalhos para o futuro?
Como disse estou correndo atrás de fotografia de moda e publicidade, estou sempre procurando pessoas para servir de assistente inclusive, você consegue aprender muito com isso. E estou apostando em duas bandas de amigos que com certeza vão causar algum barulho mais pra frente, o Vivendo do Ócio e o Terceira Edição.
E é claro, o que você poderia destacar do Rock Paraense? E também do Rock Baiano?
Olha Sidney, do rock paraense você já deve saber da minha resposta óbvia, o Madame Saatan com certeza, primeiro porque a banda é irada, pesada e a vocalista é demais ao vivo, grande Sammliz. E em segundo porque meu grande amigo Jera fez parte desse primeiro CD deles.
Do rock baiano tem coisa boa, me chamam de bairrista, por isso até. Mas tem o Vivendo do Ócio, que acaba de lançar disco pela Deckdisc e vale a pena ouvir, tem O Círculo, que infelizmente acaba de ficar sem vocalista e espero que eles dêem a volta por cima, tanto o Pedro como a banda toda. Tem o Cascadura claro, com 15 anos de banda ai na labuta, tem a Vendo 147 que é a única banda Clone Drums do brasil eu acho e mais algumas outras bacanas. Tem o Honkers também do Bubute, a figura das figuras.
Costumo dizer que pra mim as melhores bandas estão no Norte/Nordeste, e tenho certeza de que estou certo.
Costumo dizer que pra mim as melhores bandas estão no Norte/Nordeste, e tenho certeza de que estou certo.
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