domingo, 27 de dezembro de 2009

Um belo resultado da Confraria do Rock





Os confrades reunidos (fotos feitas pela Regina)


Durante a realização do lançamento do EP "Confraria do Rock" (www.musicaparaense.blogspot.com), que ocorreu sábado passado (26), durante o clássico programa Balanço do Rock (rádio Cultura FM do Pará), músicos, jornalistas e produtores locais tocaram em vários assuntos ligados ao Rock Paraense.

Entre eles, questões sobre o mercado, a utilização da internet; mas um detalhe bastante observado foi que parece que quem trabalha com música paraense independente vive num universo paralelo, no qual o resto da população local, por algum motivo inexplicado, não acredita que exista.

Mas temos a certeza, que em 2010, a esperança na realização da concretização de vários projetos mude para melhor essa realidade, pois...SÓ O ROCK SALVA. FELIZ ANO NOVO.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Presente de Natal para os Independentes do Pará




Uma bela iniciativa, e que também marcou principalmente o segundo semestre de 2009, foi a parceria entre o clássico programa Balanço do Rock e o grande Azul, reponsável pelo blog de música mais importante do Pará(http://musicaparaense.blogspot.com).

Essa parceria rendeu, dessa vez, um presente de Natal para o público e para as bandas independentes do Pará, o EP Virtual "Confraria do Rock", que pode ser baixado no blog do Azul.


São ao todo cinco faixas e que emocionam. Aproveite, baixe, presenteie e seja Feliz....

Aproveitando o ensejo, estou aqui para desejar Feliz Natal a todas as pessoas que me ajudaram no blog Rock Pará: as bandas, os artistas, os jornalistas, ou seja, a todas pessoas entrevistadas e que de certa maneira fizeram parte das matérias. Mas sobretudo agradeço a vocês, que leram, opiniram e fizeram o blog. Porque é como eu falo o blog Rock Pará não é do jornalista Sidney Filho; mas sim de todos Nós.



FELIZ NATAL PARA TODOS.....E SÓ O ROCK SALVA

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Teatro Mágico: Hoje - "Diálogos" em Belém - Como construir uma cena da música livre sustentável?




Data: 21 de dezembro
Local: Ensaio Aberto Loja Ná Figueredo
Horário: 18h






A partir da afirmação, “Um mundo acabou. Viva o mundo novo!” presente no manifesto música para baixar, é que devemos refletir, aprofundar e projetar uma nova cena da música independente no Brasil, que se adapte às novas tecnologias e reúna criadores, produtores e usuários da música, com disposição e atitude para coletivamente construir novos modelos de negócios viáveis e sustentáveis para os tempos em que vivemos.

A música livre que queremos é, também, conhecimento livre. Com isso é preciso equilibrar o acesso sem fins lucrativos e a remuneração justa do autor, garantindo a ele o direito de decidir a veiculação comercial ou não de sua obra.

As ideias que apoiamos necessitam de tempo para se disseminar, e nós, que vivemos de música, não podemos esperar de braços cruzados enquanto a indústria e as leis não se adaptam à nova realidade. Baseados nos preceitos do movimento Música Para Baixar, temos que criar, hoje, uma cena independente. Como o antigo sistema ruiu e não funciona mais para ninguém, sejamos os criadores da nova realidade, os líderes da viagem ao novo mundo, a alternativa real. A tecnologia nos deu as ferramentas necessárias para essa tarefa, que, cada vez menos, necessita de intermediários entre artistas e público. Temos feito isso sozinhos. Agora, vamos fazê-lo juntos.

Vamos reunir ideias de artistas, produtores, consumidores e pensadores para formar novos públicos e oferecer outras formas de criação e consumo de música. Queremos fortalecer uma nova cena que seja economicamente sustentável para se contrapor ao modelo que recebemos.


Data: 21 de dezembro
Local: Ensaio Aberto Loja Ná Figueredo
Horário: 18:00h

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Thunder e o mundo do Rock'n'Roll


Thunder por André Peniche

Luiz "Thunderbird" Fernando é um dos grandes ícones do Rock'n'Roll nacional. Ele já foi VJ da MTV e é atualmente baixista da clássica banda Devotos de Nossa Senhora de Aparecida e também faz parte da banda de outro ícone nacional, Júpiter Maçã. Além disso, ele tem bom gosto quando o assunto é rock paraense. "Nunca estive por ai, mas conheço duas bandas bacanas da cidade. Uma, com a qual tocamos juntos num programa da MTV, chama-se Norman Bates. Excelente banda, muito contemporânea, gostei muito do disco e do que vi ao vivo. A outra é Madame Saatan, um som pesado, intenso, muito interessante. Levei os rapazes no meu programa de rádio. Gostaria de coinhecer mais da cena. Isso pode acontecer quando passar por Belém pra divulgar o lançamento do disco novo dos Devotos DNSA, Bombardino, que gravamos recentemente. Saiba mais sobre o Thunder nessa entrevista exclusiva.

Você atualmente toca baixo nas bandas Devotos de Nossa Senhora de Aparecida e do Jupiter Apple, além disso você é colunista na internet. Como você se dividir em todas essas atividades, entre outras? E quais são os teus próximos projetos?

Os Devotos DNSA me ocupam boa parte do tempo. Passei o começo do ano, compondo, produzindo e gravando o disco novo. Tenho feito shows de lançamento do disco pelo Brasil. Tocar com o Jupiter é um prazer e um sonho antigo. Sou grande fã do "mestre" há décadas. Sou um cara de sorte de ainda conseguir realizar meus projetos na internet e manter minhas outras bandas, Fuck Berry e Flaming Birds. Agora surgiu a ideia de montar um projeto novo com André Abujamra e Felipe Maia. Trata-se do "All Johnsons", que ainda está em desenvolvimento.

Como você analisa a música independente no Brasil? E o que precisa acontecer para melhorar?

A música independente brasileira salva a gente do "império do mal" que costuma dominar os cenários midiáticos. Quem quiser se esforçar um pouco, terá acesso aos indies. Hoje temos os festivais, a internet, podemos alcançar o que quisermos, sem depender da rádio, TV, e publicações facistas. O "indie" depende dele mesmo, portanto está sempre se cuidando. Vejo que o segmento cresceu em número, organização e qualidade. O Brasil é muito grande e precisa melhorar questões de logística. Só assim podemos ter uma unidade melhor entre os músicos brasileiros.

O que você conhece do rock paraense?

Nunca estive por aí, mas conheço duas bandas bacanas da cidade. Uma, com a qual tocamos juntos num programa da MTV, chama-se Norman Bates. Excelente banda, muito contemporânea, gostei muito do disco e do que vi ao vivo. A outra é Madame Saatan, um som pesado, intenso, muito interessante. Levei os rapazes no meu programa de rádio. Gostaria de coinhecer mais da cena. Isso pode acontecer quando passar por Belém pra divulgar o lançamento do disco novo dos Devotos DNSA, Bombardino, que gravamos recentemente.

O que você poderia destacar do rock nacional atualmente?

Eu ouço tanta coisa... Recebo muitos discos nos meus shows, ouço tudo e percebo que os músicos estão cuidando bem das suas artes. Entre as novidades que ouvi recentemente, estão Rafael Castro, Desengonçaves e Cara Suja. Mas tem tanta coisa legal, que certamente estarei fazendo injustiça com outros nomes bacanas que descobri recentemente.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Soatá: Conexão Belém-Brasília




Através da verdadeira Transamazônica vem uma das bandas mais interessantes da música independente nacional, Soatá. O guitarrista Jonas Santos fez parte de formações clássicas do rock paraense, como Solano Star, Norman Bates (como baixista das duas) e Epadu (guitarrista). Agora, ele aparece novamente, com a Soatá e a misturada é de primeira, com influências amazônicas, soul, funk e rock'n'roll. Entenda o que estou dizendo nessa entrevista.


Para conhecer melhor a Soatá: http://www.myspace.com/soatatambor



Quais são as perspectivas com o Soatá?


Até o final desse ano vamos lançar um CD independente com 12 músicas. Temos uma reserva de pelo menos 20 músicas para registro. A banda vem se destacando em outros estados, estamos tentando participar de festivais por todo o país. Já tocamos além de Brasília, Belo Horizonte( vencedor conexão VIVO), Uberlândia e Fortaleza(Feira de música de Fortaleza). Levando o carimbó e a poesia amazônica! Aguardamos ansiosamente um convite para tocarmos em Belém. Acho que aí seria um Show com cara de Reencontro; pois a essência vem dá ai!


Contem a experiência musical de cada integrante?


Jonas Santos (guitarra): Sou Natural de Belém. Em 1993, comecei junto com o André Nascimento a misturar carimbó com rock. Convidamos o Claudio Figueiredo que definiu a historia poética da banda, e fundamos a Banda Epadu que movimentou a cena por um tempo em Belém. Sou também baixista do Solano Star, uma banda de rock'n'roll dos anos 90 de Belém. Gravamos Um CD ano passado no Studio Orbis aqui de Brasília, e se der tudo certo lançaremos este CD ano que vem em Belém. Já toquei tambem em algumas bandas de nu metal( Federal Attack) aqui de brasília como baixista. Participo também de uma Guig universal que conta com a participação de vários músicos brasilienses( Celio Maciel, Mauricio Barbosa, Sérvulo Portugal,Adriano PB,Ogro, Lieber Rodrigues, Pato etc), essa gig provém de uma Organização Caótica chamada "BÊRÔTÊCNIA³".

Ellen Oléria (voz, violão e percussões): Multi-instrumentista autodidata, a brasiliense Ellen Oléria esbanja na voz e em seus instrumentos um swing contagiado pelo funk e pelo samba. Com uma influência direta dos elementos da música negra brasileira desde seu tradicional regionalismo às suas dimensões modernas e contemporâneas. Compositora, recebeu diversos prêmios nos festivais de música por onde passou (como o FINCA – Festival Interno de Música Candanga - DF e o Festival de Música do SESC – DF). Com seu trabalho autoral abriu shows de grandes nomes da música Brasileira e Internacional como Geraldo Azevedo (PE), Richard Bona (CMR). Acompanhando o Raper GOG (DF) com a banda MPB Black, dividiu o palco com Lenine (PE) e Gérson King Combo (RJ).

Dido Mariano (contrabaixo): Músico profissional desde 1990, Dido (Pato) atuou principalmente na música instrumental. Influenciado por Jaco Pastorius (EUA), Victor Bailey (EUA), Arthur Maia (RJ), Nico Assumpção (SP), e forte inserção na música brasileira (samba, baião, maracatu, carimbó e xote). Sua experiência profissional também possibilitou desenvolver uma pegada rock and roll voltada para o heavy metal, tendo atuado com as bandas: The Other Side (DF), Exite Hell (DF), Armagedom (Deuses Verdes - DF). Atua também como professor de contrabaixo e violão, harmonia, improvisação, teoria musical há 15 anos no Instituto Musicart e como produtor musical.

Riti Santiago (bateria): Em atividade desde 1988, Riti Santiago desenvolve um trabalho musical que transita por vários estilos. A despeito de seu trânsito por diversas linguagens musicais, são inegáveis as suas influências no rock pesado. Junto à banda de rap Câmbio Negro (DF), Riti gravou três CDs e, em 1999, ganha o prêmio de melhor clip de rap no Video Music Brasil - VMB, da MTV BRASIL. Atua desde o final da década de 90 com produção musical, atendendo bandas e artistas do Distrito Federal e outros estados. Atualmente desenvolve um projeto de reggae e dub com 2DUB (DF).


Liéber (percussões)
: Percussionista e baterista, sua musicalidade é resultado da influência das ricas manifestações de cultura popular brasileira. Tem como fonte de inspiração o trabalho de artistas como Naná Vasconcelos, Ronaldo Farias e Simone Soul. Como co-fundador da banda Rebento da Rede (DF) investiu na fusão de diversos ritmos tais como samba, baião, afoxé e côco, explorando variados efeitos e fontes sonoras. Atualmente integra a banda Jenipapo(DF) com quem conquistou o 1º lugar no FINCA( Festival Interno de Música Candanga). Cursa Áudio na Escola de Música de Brasília(CEP-EMB).

Jonas, o que você poderia destacar do período do Epadu?

Cara, nasceu no periodo em que os artistas de todos os estados estavam voltados para esse valorização regional. Era uma parada que tava acontecendo no inconsciente coletivo. Gravei a música "Soáta" com o André Nascimento e ainda não havia escutado a galera de Recife, que já fazia essa proposta do regional com rock, funk, música eletrônica. Vi o Chico Science pela primeira vez no African Bar, show inesquecível, passei o fita demo pra ele, dizendo que o Epadu estava trabalhando nesse mesmo campo. Foi massa! Eu , o Claudio e o André produzimos alguns shows do Epadu aqui em Brasilia, foi muito bom. Parte da galera que toca no Soatá, tocou no Epadu quando o banda veio de Belém pra cá( Dido Mariano E Riti Santiago).

O que vocês poderiam destacar da cena independente de Brasília?

Aqui em Brasília tem muitas bandas( Galinha Preta, Moretools Gibertos comem bacon, Brown ha, Moveis Colonias de Acaju, Decivers, DFC, Violator; velho, são milhares!)vários studios de ensaio e gravação. Estão acontecendo muitos eventos custeados pelo Governo, iniciativa privada. Cara, se você tem um trabalho de produção e divulgação, a cena contribui para o seu trabalho!

Em relação a música independente do Pará, o que vocês conhecem e o que destacariam?

Olha só, estou esperando dar um pulo ai pra conhecer melhor. É lógico que posso fazer isso de qualquer lugar do mundo, mas o bacana é você conhecer a galera, olhar no olho. Conheci o Floresta Sonora lá em Fortaleza, a banda do do Calibre, muito bom! Gosto muito do Norman Bates, a banda do Nicolau, do Giovanni, do Carlos( ETFPA). Anubis, bande de trash metal do Mauricio Sanjad!. Massa! estou sempre ouvindo os grandes mestres de carimbó. O Epadu se apresentou com o Pinduca na Feira dos Estados aqui em Brasília foi bom demais!

Quais são os próximos passos da banda?

Como é bom começar com o pé direito, o proximo passo será o esquerdo! (rs...) a verdade é que a banda vai continuar trabalhando, subindo degrau por degrau, tijolo a tijolo, lançar o CD e sair tocando em todos os lugares possíveis. Vamos tentar shows em todos os cantos do país. Esparamos um convite para um show em Belém que será muito especial!

sábado, 12 de dezembro de 2009

VEJA MÚSICA COM MADAME SAATAN





http://veja.abril.com.br/musica/madame-saatan.shtml


http://www.madamesaatan.com.br
http://www.mtv.com.br/madamesaatan
http://www.twitter.com/madamesaatan

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CONTATO

Bernie Walbenny
11 8545.5847 / 91 8801.5650
email: roquenrou@ymail.com

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PARCEIROS

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ESP/LTD | GROOVIN | HARTKE | LYON | SAMSON | STAGG
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.Apoio
Estúdio GravaSampa | Ná Figueredo | Paulo Tattoo | Covil da Luta

Bafafá Pró Música.........IMPERDÍVEL






Serviço:



Show gratuito com 20 artistas na Praça da República, a partir das 10h30.

Informações: associaprorock@gmail.com. 9614 1005

Programação Bafafá

13 de dezembro de 2009

Praça da República





10h – abertura



01 - Núcleo Base

Palco Anfiteatro

10h10 – 10h30



02 - Dharma Burns

Palco Carreta

10h30 – 10h50



03 - DJ Morcegão e Máfia da Baixada

Palco Anfiteatro

10h50 – 11h10



04 - Rafael Lima e Juçara Abeh

Palco Carreta

11h15 – 11h45

05 - Joelma Klaudia

Palco Anfiteatro

11h45 – 12h05

Celular: 8876 8441



06 - Os Baioaras

Palco Carreta

12h05 – 12h25



07 - Vinil Laranja

Palco Anfiteatro

12h25 – 12h45



08 - Arthur Kunz trio

Palco Carreta

12h45 – 13h05



09 - Tomates Verdes

Palco Anfiteatro

13h05 – 13h25



10 - Ataque Fantasma

Palco Carreta

13h25 – 13h45



11 - Suzana Flag

Palco Anfiteatro

13h45 – 14h05



12 - Licor de Xorume

Palco carreta

14h05 – 14h25



13 - Dialetos

Palco Anfiteatro

14h25 – 14h45



14 - Pio Lobato Trio

Palco Carreta

14h45 - 15h05



15 - Xamã

Palco Anfiteatro

15h05 - 16h25



16 - Norman Bates

Palco Carreta

16h25 –16h45



17 - Miguelitos S/A

Palco Anfiteatro

16h45 – 17h05



18 - Telaviv

Palco Carreta

17h05 –17h25



19 - Stereoscope

Palco Anfiteatro

17h25 – 17h45



20 - Retaliatory

Palco Carreta

18h05 – 18h35 (dispersão)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Entrevista Especial: Adreana Oliveira (Drica) - A jornalista mais Rock'n'Roll do Brasil





Falar da história da jornalista mineira Adreana Oliveira é falar de muito Rock'n'Roll, principalmente no que diz respeito ao rock independente nacional e internacional. Conheça agora o que pensa Drica, como também sobre os trabalhos dela na coluna Novo Som (Correio de Uberlândia) e agora no programa Clip 15.



Como começou o teu interesse pela música, principalmente a música Pop e o Rock?

Eu cresci sem nenhuma referência pop ou rock em casa, então, estava entregue ao que aparecia na TV aberta, e acredite, rádio AM. Precisa ver minha felicidade quando uma vizinha descobriu o FM. O rádio fez parte da minha formação porque MTV aqui [em Uberlândia] é só via TV a cabo e este é um luxo que eu me dei há pouco tempo.
Na adolescência, nos anos 90, eu comecei a freqüentar a cena mais metal da cidade. Consegue imaginar uma pessoa que ouvia New Kids on the Block, Madonna, Sex Pistols, Bon Jovi, Sepultura e Napalm Death na mesma fita no walkman? That´s me...

Como eu não saia muito de casa à noite, por conta de um pai muito rígido, minhas tardes na “Praça da Bicota”, na “Praça da Biblioteca” ou na escola Américo Renê Giannetti, onde fiz o colegial, foram minha “salvação”. Nesta época, os punks e os headbangers freqüentavam as mesmas paradas e fiz muitos amigos. Aderir a um estilo ou outro eu nunca aderi por completo, o legal era conseguir pegar um pouco de cada.
Na falta de lugar para tocar, e na falta de um lugar para menores de idade freqüentar, tinha uma turma que costumava fazer festas na casa de alguém do grupo. Todo mundo era muito “true” e tocava som próprio [cara, muito bom lembrar disso, obrigada]. E foi nesse meio, com bandas como o Beyoud the Sanity, que tocava metal, e Sub Underground, que tocava punk, que eu ouvi Nirvana pela primeira vez [em um ensaio da Sub Underground na oficina da casa do baixista, o Diney, a música era ‘Floyd, the Barber’]. Foi com essas pessoas que compartilhei a paixão pelo Pearl Jam, que descobri o Melvins, Helmet, que cheguei ao Radiohead.

Também foi ai que montei minha primeira banda, Adrede [Eu, Dyoran, Daniel, Paulo e mais tarde o Simar]. Eu tocava guitarra, na verdade, aprendi três acordes...a gente ensaiava muito e não tocava nada. Mas os ensaios eram muito divertidos. A gente compartilhava com as partidas de basquete de rua e futebol americano nas ruas do bairro Planalto. Em toda a nossa “existência” teve um único show...e eu não fui!! Mas, o único registro em fita K7 que temos ficou comigo [olha a vingança].


Quais e como foram as tuas primeiras experiências ligadas ao jornalismo musical? E quais foram os melhores momentos?

Começou ainda no colegial. Colaborava com fanzines. Minha primeira “credencial” eu tenho até hoje. É um pedaço de papel plastificado com “Drica – fotógrafa”, impresso nele. Sempre gostei muito de escrever. Apesar de hoje estar em um cargo de editoria continuo redigindo porque serei sempre apaixonada pela reportagem. Gosto de fazer entrevistas, de entender – ou não – o processo de criação dos músicos.
Quando decidi pelo Jornalismo eu queria ser capaz de fazer algo pelo que me despertou paixão e o rock fez isso. Por mais que eu – ainda – não trabalhe só com isso, a Cultura, em geral, ainda ocupa maior parte do meu tempo e isso é muito bom. Edito o caderno Revista, do jornal Correio de Uberlândia [MG], o único diário da cidade e que já tem 72 anos de tradição.

Pra mim é uma baita responsabilidade e faço o meu melhor, contemplando todas as artes. Ter uma página semanal, a primeira entre os jornais do Brasil, que dá para as bandas independentes o mesmo espaço que tem uma boyband pop que está estourada nas paradas, me enche de orgulho. E isso em uma cidade que não tem tradição no rock e um baixo índice de leitura.

Bandas como Madame Saatan e Vanguart, por exemplo, acredito que tiveram seu primeiro espaço em mídia impressa fora de seus Estados aqui. Tenho muitos momentos marcantes na carreira, como por exemplo, a cobertura do Rock in Rio 3, no qual entrevistei Foo Fighters, Red Hot Chili Peppers, Silverchair, R.E.M., Deftones. As entrevistas com com Page Hamilton (Helmet), Sepultura, Titãs, gente que eu admiro e que antes sequer sonhava em estar perto.

Em 2001 acompanhei, em Goiânia, o primeiro show do Mudhoney no Brasil. A produção de lá me deu muita liberdade, acompanhei os caras da hora que chegaram até às cinco da manhã depois do show, perfeito. Depois, passei tudo isso para os leitores que acompanhavam o site de skate [isso mesmo] para o qual eu escrevia na época.
O engraçado disso é quando você tem que segurar o seu lado fã. Separar bem as coisas. Quando estive frente a frente com o Eddie Vedder (Pearl Jam) eu fiquei paralisada, completamente. Acho que é porque eu queria congelar o momento, mas só eu congelei. Consegui falar com os guitarristas Mike McCready e Stone Gossard, mas por que não com o Eddie???


Você é uma jornalista que conheceu diversos festivais espalhados pelo Brasil. O que você poderia destacar sobre o universo da música independente nacional?

Rico, diversificado, plural. Só tenho medo que se transforme em uma versão do mainstream, mas por hora, ainda mantém seu propósito de unir o novo à vanguarda. A união de ritmos e estilos é o que torna este cenário tão rico.

Foi maravilhoso, nesses festivais, descobrir bandas como o Violins, de Goiânia, que tem uma produção digna de primeiro mundo em seus discos. É bom ver bandas como Maldita e Ludovic, com apresentações sempre muito intensas, dividindo espaços com o Ludov, que segue uma linha mais calma. Ir pra Cuiabá e ver o Enne (BH) ou o Monno (BH) dividirem a noite com grupos como o Cabaret (RJ), Porcas Borboletas (Udia) e por ai vai.


Se hoje o rádio ou a TV que abrangem a maior parte do território nacional não descobriram esse “novo”, a culpa não é dos artistas ou dos produtores do circuito independente porque esses estão na luta. No último ano eu reduzi as viagens por estar em dois empregos. Além do jornal, trabalho também no London Pub, uma casa noturna da cidade que tem 22 anos, que eu também freqüentei na adolescência, não tanto quanto a praça [risos]. Lá, como Relações Públicas e produtora, estou aprendendo como é estar do outro lado, afinal, o foco da casa é show cover na maior parte da programação. De tempos em tempos, recebem atrações como o Terra Celta, que veio uma vez, agradou e volta em dezembro. Mas tento entrar em acordo com o chefe para não deixar de prestigiar estes festivais, porque não sei viver sem eles!

O que há de melhor na cena musical independente de Minas Gerais e, sobretudo de Uberlândia?

Em Uberlândia as coisas estão indo bem. Mas sinto falta de um pouco mais de sintonia entre as bandas. Demorou para os músicos e produtores daqui começarem a viajar e verem o que está rolando por ai. Depois disso, o festival Jambolada trouxe um novo fôlego para a cena. Sair de casa é fundamental para ter um intercâmbio e colocar o pé no chão. Quem quer se destacar tem que trabalhar duro e não é fácil. Muitas portas se fecham, mas isso não deve deter quem tem fé no seu trabalho.
A cidade tem feito uma conexão boa com Belo Horizonte, mas fora isso, desconheço uma articulação maior no estado. Além dessas cidades, Uberaba e Patos de Minas também estão articulando uma cena interessante.

Neste semestre, seis bandas de Uberlândia colocaram CDs no mercado: Mata Leão [WWW.myspace.com/bandamataleao], Krow [WWW.myspace.com/krowmetal], Dissidente! [WWW.myspace.com/bandadissidente], Cirrhosis [WWW.myspace.com/cirrhosisoldschool], Soul Stone [WWW.myspace.com/soulstonemetal] e Antena Buriti [WWW.myspace.com/antenaburiti]. Isso, só para citar algumas do segmento pop, rock, metal e alternativo, tem outras que lançaram discos recentemente também como Juanna Barbera, Antauen, Themps, e uns caras muito legais, galera nova, que deve lançar em breve o primeiro trabalho com os dois pés no hard rock old school, Killer Klowns. Também vai aparecer banda que eu esqueci de citar e vão brigar comigo; mas faz parte.

É daqui também o grande fenômeno da internet Os Seminovos [WWW.myspace.com/osseminovos], que levaram neste ano o VMB de Web Hit e venceram o “Garagem do Faustão”. Isso significa que temos um futuro mais rock and roll pela frente.

O que você admira na música independente do Pará?

Eu ainda não pude conferir os festivais daí. O que conheço ouvi por você, pela galera do Madame Saatan, do Eletrola [lembra?] e também por músicos que já se apresentaram por aí, é só elogios!

Quais foram os melhores shows que foste na tua vida?

Oh pergunta difícil essa, felizmente foram muitos! Fora Alice in Chains, Morrisey, Nirvana e Type O´Negative, eu assisti ao vivo todas as bandas que fazem parte da minha vida. E duvido que de agora em diante apareça alguma outra que balance o meu mundo. Vamos a alguns momentos inesquecíveis: o primeiro do Pearl Jam, na Pedreira, em Curitiba; o primeiro Radiohead, no Rio de Janeiro, Incubus, The Smashing Pumpkins, Motorhead, Foo Fighters, Titãs, Iggy Pop, Placebo, Kings of Leon, R.E.M., Coldplay, Nine Inch Nails, Aerosmith, Violins, Matanza, The Arcade Fire, Evanescence, Misfits, recentemente Jane´s Addiction e Faith no More, como pode ver, gosto muito de banda gringa.
Algumas são parte da trilha sonora da minha vida; aliás, esses dias criei um blog ameninaqueroubavaversos.blogspot.com. Acho que este eu vou manter. É sobre essa minha relação com música...em qualquer situação eu procuro saídas em alguma letra.


Qual o disco que te marcou?

Vou citar cinco:
Ten – Pearl Jam
Ok! Computer – Radiohead
Unplugged in New York – Nirvana
October Rust – Type O´Negative
Above – Mad Season


Fale sobre o programa Clip 15? Como podemos assisti-lo? E como está a repercussão dele?

O Clip 15 começou em 2007, se chamava Clip da Gente. A idéia era prestigiar artistas da cidade no Canal da Gente, canal 15 da TV a cabo CTBC aqui em Uberlândia [que pode ser assistido pelo WWW.canaldagente.com.br , sempre no horário de exibição do programa].
No início, tinha 10 minutos, depois passou para 15 minutos e agora estou com 26 minutos na grade. É um presente, faço porque gosto, na raça mesmo. A princípio, tinha que tocar de tudo, contanto que fosse da cidade, mas não vingaria deste jeito.
Não é preconceito, mas não é justo eu apresentar todos os estilos quando me especializo dentro do pop, rock, metal e alternativo. Os outros estilos têm seu espaço, então, esse meu tempo quero dedicar a bandas que geralmente não tem espaço em outros veículos e junto, também tocar sons mais comerciais porque, se falar que não me importo com a audiência, não estarei sendo sincera.

Gosto de misturar, então, em um programa, coloco, por exemplo, Taylos Swift e Maria Fumaça, uma banda local. É legal você mostrar ao telespectador que gosta da trilha sonora de “Crepúsculo” o que o mercado independente tem de bom. Creio que este é meu papel, trabalhar pelo rock, que faz com que eu me sinta viva, que tanto fez por mim e nunca me deixa sozinha.
Aff...falei demais hein J
Valeu pelo o espaço, grande Sidney e ao Rock Pará!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bafafá Pro Rock: Conheça mais sobre algumas bandas

Tomates Verdes




A banda Tomates Verdes foi formada em setembro de 1999 por Luiz Fernando (vocal e guitarra) Demilson Cardoso (guitarra) Rogério Luz (vocal e baixo) e Marcelo Souza (bateria). Em maio de 2000 os Tomates Verdes realizaram seu primeiro show no projeto Ensaios Aberto da loja Ná Figueredo. Além de se apresentar em várias casas de shows e espaços a banda participou da I Bienal Internacional de Música de Belém em 2002.
No mesmo ano gravaram uma demo com sete músicas, trabalho que, por falta de grana, nunca foi lançado oficialmente. Algumas faixas desse trabalho foram executadas em programas de rádio como “ Balanço do Rock” e “Rock Pan”. Atualmente a banda prepara primeiro CD oficial, com novas composições e nova roupagem, totalmente profissional.





Stereoscope




Sabe aquela estrutura melódica das bandas dos anos 60? Já ouviste falar em Jovem Guarda? A banda paraense Stereoscope reflete exatamente essas duas premissas, mas vai muito além e viaja por outras décadas se deixando influenciar por outras sonoridades, o que resulta em um trabalho com apelo pop fortíssimo, apostando no poder das canções.
O primeiro disco “Rádio 2000” lançado em 2003 pela Ná Records trazia os músicos Jack Nilson (Guitarra e Voz), Marcelo Nazareth (Guitarra e Voz), Ricardo Maradei (Baixo e Voz) e Ulysses Moreira (bateria) para o jogo do pop rock paraense que começava a ganhar mais visibilidade e conquistar fãs país afora. O Stereoscope também fez a sua pequena legião de seguidores.
Deste disco temos faixas como “Depois da Chuva”, “Eu Envelheço”, “Felicidade Azul” e “A Lira”, que ajudaram a conquistar entre outros, Fernando Rosa, do site e selo Senhor F, que se apaixonou pela sonoridade dos rapazes, gerando o convite para a gravação do segundo trabalho pelo seu selo. A primeira banda dessa nova geração do estado a gravar algo com um respaldo deste tamanho.
“O Grande Passeio do Stereoscope”, lançado pelo Senhor F Discos em 2006, recebeu elogios de várias publicações no país. No final de 2007, a banda novo baterista, Daniel Pinheiro. Este ano, a banda aguarda o lançamento de seu terceiro disco, a ser lançado também pelo selo Senhor F.






Licor de Xorume





Para quem quiser saber e conhecer um pouco mais sobre a banda e seu trabalho na cena underground paraense confira a tosqueira da banda no My Space (www.myspace.com/licordexorume51) e seus lindos rostinhos de “boys band” tupiniquins nos shows e festivais que a banda já participou no www.fotolog.net/licor_de_xorume. E pra quem degustou da “podrera sonora” e quiser fazer parte da comunidade da banda no Orkut, é só buscar por Licor de Xorume.





Retaliatory



O grupo paraense Retaliatory iniciou suas atividades em 1990 com a proposta de tocar Thrash Death Metal, tendo como inspiração bandas como Sepultura, Sarcófago, Slayer, Kreator, Destruction, Death entre outras. O primeiro registro oficial do grupo foi a demo ensaio “World in Coma” (1991). No ano seguinte surge a primeira demo oficial, “Sicking in Pain”, com apenas 2 músicas gravadas no Estúdio Edgar Proença, da Rádio e TV Cultura de Belém. Em 1994, gravam a segunda demo-tape oficial, intitulada “Marching to the Unknow”.Com essas duas demo-tapes, o Retaliatory consegue ser conhecido em todo o estado do Pará, chegando a tocar em varias cidades do interior do Estado, como Santarém e Castanhal. E também a participar das três edições do maior festival de Rock do Norte do País, o Rock 24 Horas. Mesmo mudando várias vezes de formação durante um grande período em sua trajetória, o grupo se manteve na ativa, e em 2000 lança o CD-R comemorativo pelos 10 anos de estrada, intitulado “Ancient Glorious Death”. Trabalho que impulsionou os paraenses a fazerem vários shows, tocando ao lado de bandas como Krisiun, Torture Squad, Funeratus, Distraught, Deadly Fate, Eternal Darkness 666, Warpath, Disgrace and Terror, Unearthly, HeadHunter DC, Violator, Obskure, entre outras. No final de 2004, após estabilizar seu line-up com Gledson Moita (vc), Hugo Bucho Fight (gt), Spetto Alfaia (gt), luis cara de caveira(bx) e Wagner Nugoli (bt), o grupo entra em estúdio para iniciar a gravação de seu álbum de estréia, “Retaliatory Attack”. Finalmente no dia 10 de Março de 2006 o tão aguardado debut CD é lançado pelo selo Kill Again Records.




Ataque Fantasma



Ataque fantasma é o nome da banda que tem em sua formação músicos conhecidos do público paraense, Elder effe, voz e violão e Pablo campos, contrabaixo, são ex- integrantes da Suzana flag, Regi Cavalcante, bateria, veio da clássica banda de rock Norman bates, o grupo ainda tem, na guitarra, Nata Andrade que, junto com Elder, integram o “Jonhy Rockstar”.
Com essa mistura de experiências, em meados de 2006, os rapazes entraram no estúdio pra gravar seu primeiro trabalho, o ep “zero”, que foi lançado pelo respeitado selo paraense “Ná Records”, emplacou hits como “central” ,”120” e “vetores” , proporcionou à banda participações importantes nos principais festivais do estado como “belrock”, ”se rasgum no rock” e “expresso do rock”.
Atualmente a banda trabalha a divulgação do novo ep chamado “croma”,o disco foi gravado nos estúdios da rádio cultura belém -PA à convite da direção da rádio ,que acreditou no potencial radiofônico do grupo .No que diz respeito ao som da banda as influências transitam pelo rock de garagem , new wave e folk rock.




Vinil Laranja




Vinil Laranja é como se intitula a banda belenense atualmente formada por Andro Baudelaire, Bruno Folha, Saul Smith e Nettão Red. Com quase seus seis anos de carreira, a banda tocou em alguns festivais pelo Brasil e ainda a convite de Brent Grulke, a banda se apresentou no festival Texano SXSW em março de 2009.Com seu cd Unfacelesse Bride lançado pelo selo Ná music e com a experiência adquirida nos meses em que passaram tocando fora do pais os garotos agora tentam fazer sua divulgação através de shows ao redor do Brasil no intuito de fazerem seu nome crescer para assim continuarem na estrada musical.
Com o vídeo clipe, que leva o nome do disco, lançado pela TV cultura a Vinil Laranja espera conseguir entrar de uma forma mais explicita na mente dos ouvintes, completando a chegada da história da noiva sem rosto com o álbum e o registro visual.






Serviço:



Show gratuito com 20 artistas na Praça da República, a partir das 10h30.

Informações: associaprorock@gmail.com. 9614 1005

Programação Bafafá

13 de dezembro de 2009

Praça da República





10h – abertura



01 - Núcleo Base

Palco Anfiteatro

10h10 – 10h30



02 - Dharma Burns

Palco Carreta

10h30 – 10h50



03 - DJ Morcegão e Máfia da Baixada

Palco Anfiteatro

10h50 – 11h10



04 - Rafael Lima e Juçara Abeh

Palco Carreta

11h15 – 11h45

05 - Joelma Klaudia

Palco Anfiteatro

11h45 – 12h05

Celular: 8876 8441



06 - Os Baioaras

Palco Carreta

12h05 – 12h25



07 - Vinil Laranja

Palco Anfiteatro

12h25 – 12h45



08 - Arthur Kunz trio

Palco Carreta

12h45 – 13h05



09 - Tomates Verdes

Palco Anfiteatro

13h05 – 13h25



10 - Ataque Fantasma

Palco Carreta

13h25 – 13h45



11 - Suzana Flag

Palco Anfiteatro

13h45 – 14h05



12 - Licor de Xorume

Palco carreta

14h05 – 14h25



13 - Dialetos

Palco Anfiteatro

14h25 – 14h45



14 - Pio Lobato Trio

Palco Carreta

14h45 - 15h05



15 - Xamã

Palco Anfiteatro

15h05 - 16h25



16 - Norman Bates

Palco Carreta

16h25 –16h45



17 - Miguelitos S/A

Palco Anfiteatro

16h45 – 17h05



18 - Telaviv

Palco Carreta

17h05 –17h25



19 - Stereoscope

Palco Anfiteatro

17h25 – 17h45



20 - Retaliatory

Palco Carreta

18h05 – 18h35 (dispersão)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Programação: Bafafá Pro Rock





20 artistas cantam um manifesto

Bafafá leva música de graça à Praça da República no dia 13 de dezembro




Dia 13 de dezembro é dia de Bafafá. Como todo paraense sabe, o Bafafá é um “disse me disse”, um burburinho que ronda a cidade e o país sobre a nova música que vem do Norte. E que aponta o Norte da música brasileira. O Bafafá é um manifesto que surgiu da união da Associação Comunitária Paraense de Rock (Pro Rock) e o Movimento Bafafá do Pará, capitaneado pelo compositor Paulo Luamim.


No dia 13 de julho de 2008, ocorreu o primeiro, que reuniu mais de 3 mil pessoas na Praça da República, no Dia Mundial do Rock. Um Bafafá Pro Rock. Em setembro, rolou mais um, dentro da terceira edição do festival Se Rasgum, e trouxe shows gratuitos de Johny Rockstar, Curimbó de Bolso, Telaviv e outros. Ainda rolou Bafafá no dia 28 de dezembro de 2008, quando mais de 12 artistas se apresentaram novamente na Praça da República. Jolly Jocker, Baby Loyds, Clepsidra, Mestre Laurentino e Resistência Suburbana foram alguns dos artistas que se apresentaram.









No próximo dia 13, serão mais 20 artistas fazendo o seu canto de manifesto a favor da música paraense. Cada artista ou banda apresenta 20 minutos de show em dois palcos alternados, divulgando a produção local e informando o que o movimento da música paraense faz pela cidade, pelo país e pelo mundo afora.



O Bafafá Pro Música tem apoio do SEBRAE-PA e da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e faz parte de uma campanha de valorização da música e da arte paraenses, com o objetivo de dinamizar a economia criativa em nosso estado. “Nosso objetivo é mostrar a produção musical para as famílias, para as crianças, para os jovens, enfim, que circulam pela Praça da República no domingo”, explica Nicolau Amador, um dos organizadores do evento.



“A idéia é muito boa porque, além de criar em espaço alternativo de divulgação e difusão da música paraense, também mobiliza os músicos dentro de um movimento cultural”, diz a cantora Juçara Abe, que vai se apresentar no Bafafá deste ano ao lado do pai, o compositor Rafael Lima.










Bafafá também abre espaço para novos artistas como Arthur Kunz Trio, baterista que estréia seu projeto solo instrumental no projeto. Além dos já citados, estarão no Bafafá deste ano, Suzana Flag, Norman Bates, Vinil Laranja, Dharma Burns, Miguelitos S/A, Os Baioaras, Núcleo Base, Telaviv, Retaliatory, Pio Lobato Trio, Ataque Fantasma, Stereoscope, Dialetos, Tomates Verdes, Os Baioras, Licor de Xorume, DJ Morcegão e Máfia da Baixada e Joelma Klaudia.



Com o projeto Pará Pro Música, que esta sendo elaborado em parceria com o SEBRAE-PA, os artistas pretendem divulgar várias ações no ano que vem, como promover festivais e mostras semelhantes, além cursos de gestão e de empreendedorismo. Outros grupos, como a Pro Rock e o Bafafá do Pará também vão executar ações sociais através da música. O Bafafá Pro Música tem ainda o apoio do selo Na Music, MM Produções, Gráfica Delta e Fórum Paraense de Música Independente.









Serviço:



Show gratuito com 20 artistas na Praça da República, a partir das 10h30.

Informações: associaprorock@gmail.com. 9614 1005

Programação Bafafá

13 de dezembro de 2009

Praça da República





10h – abertura



01 - Núcleo Base

Palco Anfiteatro

10h10 – 10h30



02 - Dharma Burns

Palco Carreta

10h30 – 10h50



03 - DJ Morcegão e Máfia da Baixada

Palco Anfiteatro

10h50 – 11h10



04 - Rafael Lima e Juçara Abeh

Palco Carreta

11h15 – 11h45







05 - Joelma Klaudia

Palco Anfiteatro

11h45 – 12h05

Celular: 8876 8441



06 - Os Baioaras

Palco Carreta

12h05 – 12h25



07 - Vinil Laranja

Palco Anfiteatro

12h25 – 12h45



08 - Arthur Kunz trio

Palco Carreta

12h45 – 13h05



09 - Tomates Verdes

Palco Anfiteatro

13h05 – 13h25



10 - Ataque Fantasma

Palco Carreta

13h25 – 13h45



11 - Suzana Flag

Palco Anfiteatro

13h45 – 14h05



12 - Licor de Xorume

Palco carreta

14h05 – 14h25



13 - Dialetos

Palco Anfiteatro

14h25 – 14h45



14 - Pio Lobato Trio

Palco Carreta

14h45 - 15h05



15 - Xamã

Palco Anfiteatro

15h05 - 16h25



16 - Norman Bates

Palco Carreta

16h25 –16h45



17 - Miguelitos S/A

Palco Anfiteatro

16h45 – 17h05



18 - Telaviv

Palco Carreta

17h05 –17h25



19 - Stereoscope

Palco Anfiteatro

17h25 – 17h45



20 - Retaliatory

Palco Carreta

18h05 – 18h35 (dispersão)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Forgotten Boys - ROCKÃO PAULISTANO




A banda paulistana Forgotten Boys é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores de rock do Brasil. E agora está com uma nova formação: Gustavo Riviera (guitarra e voz), Flávio Cavichioli (bateria), Zé Mazzei (baixo), Paulo Kishimoto (teclado) e Dionisio Dazul (guitarra). Deleite-se nessa entrevista exclusiva com o baterista.



Conheça o som da banda: http://www.myspace.com/forgottenboys









A banda Forgotten Boys está com uma nova formação. Como esse fato alterou na composição e nas apresentações da banda?



Vamos parar agora no fim do ano para compor para o próximo álbum, e nas apresentações ao vivo só acrescentou pois agora somos em cinco com um tecladista e mais um guitarrista que acabou de entrar. O nosso novo guitarrista e 100 por cento energia nos palcos assim como o paulera o tecladista chapadão.



Quem é o guitarrista novo?


É o Dionizio Dazul ele toca numa banda que se chama 2 coins on a bombshell.



O que você poderia destacar da cena roqueira independente de São Paulo?


Muita variedade em clubs para tocar, mas ainda acho que a qualidade das bandas fica um pouco a desejar, infelizmente. Dá pra contar nos dedos de uma mão as bandas legais daqui. Nos dedos da mão do Lula.



Quais são os próximos projetos da banda Forgotten Boys?


Tivemos um ano bem esquisito esse 2009, com mudanças de formação. O próximo passo é realmente gravar um disco novo com a formação nova.



A banda chegou a se apresentar aqui em Belém. O que ficou marcado na memória de vocês, em relação à Belém (outubro de 2006 no Mormaço)?


Cara Belém foi do caralho público muito louco,lugar que a gente tocou também era do caralho lembro que a gente tinha que atravessar uma espécie de porto pra chegar ao local do show, e fora as especiarias e substâncias da cidade que tambem me agradaram bastante e o público que foi do caralho.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Festa "Alta Fidelidade" - Muito Rock e sons de alta qualidade - IMPERDÍVEL




Coletivo On The Rocks apresenta:

Alta Fidelidade: Melhores da Década!

Venha curtir os tops das melhores bandas de britpop, indie, pós punk, new wave e muito mais, com o coletivo On The Rocks, que desta vez terá a valiosa presença dos

DJs convidados: Gustavo (Se Rasgum) e Raoni (Pogobol).
E, como sempre, os DJs Ruy Oliveira, Alex Pinheiro, Márcio Sousa e Dani Carvalho prepararam suas listinhas com os sons que vão fazer todos dançarem a noite toda. Não perca!


Venha curtir The Strokes, Arcade Fire, Interpol, The Killers, Yeah Yeah Yeahs e vários outros, no espaço mais divertido da cidade: Gibeer Pub.

Ingresso camarada: R$5 (a noite toda!!!)

Dia: Sábado, 5/12.

A partir das 22h.
Local: Gibeer Pub (28 de Setembro, entre Quintino e Rui Barbosa)




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Entrevista Especial: Hugo Goés - E o mundo dos vídeos independentes





Sabe quando alguém tem uma ideia genial? Assim aconteceu com Hugo Goés. Ele criou um dos melhores canais de divulgação da música independente do Pará e do Brasil na net: www.youtube.com/hugoesncezar. Conheça mais nessa entrevista exclusiva.




Como surgiu a ideia de criar esse canal (www.youtube.com/hugoesncezar) para divulgar em vídeo o trabalho de bandas ligadas ao universo da música independente?


Tenho acompanhado esse universo de 2004 pra cá de forma bem intensa e visto as mais diversas evoluções e fracassos no meio. Uma das evoluções foi com relação aos meios de comunicação que tem acontecido, como por exemplo, a feita pela fotografia. Acredito que um dos maiores responsáveis por isso é o Renato Reis. A partir dele, muitos outros fotógrafos tem feito excelentes trabalhos com registros do universo independente. Mas de lá pra cá (2004), não tenho visto algo significativo com relação à vídeos. Um registro ou outro, mas nada regular. Como sou péssimo pra fotografar, resolvi comprar uma boa câmera e começar a fazer esses vídeos sem muita pretensão. Começou no Festival Se Rasgum do ano passado, como os vídeos ficaram com uma qualidade boa de imagem e áudio, resolvi que seria interessante criar um canal exclusivo pra esse fim, registrar as bandas em ação no cenário paraense.




Quem faz parte da equipe? E como chegaste a essa formação?



Desde quando comecei a filmar (Se Rasgum 2008), até o último show do Macaco Bong aqui, eu era o único da 'equipe' (rs). Já tinha quase 80 vídeos (hoje tem 86) e meu primo já estava gostando da ideia e resolveu comprar uma filmadora pra acompanhar. Então, nesse show do Macaco Bong, a gente começou a fazer um experimento de pegar dois ângulos pra jogar no vídeos, das nossas câmeras. Não temos formação sobre isso, nenhuma curso, mas com a entrada dele, vamos começar a editar os vídeos, até então, eu os jogava bruto mesmo. Ainda estou aprendendo a fazer uma edição razoável, vou trabalhando aos poucos nisso. Por enquanto, vou jogando 'bruto' mesmo, até porque, a minha intenção é dinamizar ao máximo o canal. Rolou o show/festival, já ir jogando na rede aos poucos a coisa vai se aprimorando e o trabalho final ficando melhor.



Quais os próximos passos desse teu projeto?



Fazer algum curso pra ir conhecendo mesmo a parte técnica da coisa. Por enquanto, ir aprimorando no lema 'do it yourself', fazendo pequenas edições pra melhorar os vídeos,adquirir material bom, sempre que possível. Dando passos nunca maiores que as pernas, mas a ideia é sempre ampliar e divulgar esse canal (www.youtube.com/hugoesncezar) que acho importante pro cenário musical seja ele onde for e qual for. Até porque, acho um elemento importantíssimo para a busca de novas descobertas musicais. Hoje em dia, o cara (antes mesmo de baixar a mp3), já quer saber como a banda funciona ao vivo e já cata isso direto do youtube, vimeo, etc.



E a aquela perguntinha básica, qual é a tua opinião sobre a música independente aqui no Pará e também no resto do Brasil?



Acho que a gente passa por um momento de transformação no mundo da música e as mudanças que acontecem em qualquer lugar do mundo, são parecidas com as enfrentadas aqui no Brasil, Pará, etc guardadas as devidas proporções, e os momentos de mudança são sempre delicados, é com isso que os artistas/bandas precisam saber aceitar, conviver e trabalhar. No Pará, vejo que está começando a rolar isso, esse discernimento. Perceber essas mudanças e saber moldar isso a sua realidade. É claro, que as coisas ainda estão aquém do que se espera para a cena paraense, mas é visível que as coisas estão començando a melhorar. Vide o que se viu na excelente Seletiva para o Festival Se Rasgum, com as bandas mostrando um mínimo de organização e profissionalismo, com o Festival Se Rasgum em si que amadurece a cada ano e se credencia como um dos melhores do Brasil, a criação do ponto Fora do Eixo Pará, através da Megafônica, fazendo uma ponte com o circuito independente, que mais cresce no Brasil, tem também a Floresta Sonora sempre atuando firme, enfim, é preciso também que as pessoas que estão convivendo nesse processo todo, tenham em mente que esse trabalho todo feito hoje, é muito importante pra consolidar algo para que no futuro, tudo seja mais justo e igualitário.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Entrevista Especial: Diego Fadul - Guitarrista da banda Aeroplano

por Alan Matos




Diego Fadul, guitarrista da Aeroplano, conta nessa entrevista exclusiva todos os detalhes do novos passos da banda, entre eles, a gravação do novo CD em Goiânia. "A Internet é a mídia quase definitiva do futuro e é nosso habitat natural. Não tem quem domine mais as possibilidades da grande rede do que a gente.
Isso tudo possibilita muito mais uma maior circulação dos produtos música e show, do artista, do artista-empreendedor e de meios que driblem a lógica capitalista da distribuição de cultura".


Para conhecer mais entre na comunidade:


http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=2161005 ou aproveite esses links:


contato.aeroplano@gmail.com,


www.myspace.com/aeroplanobr,


www.fotolog.com/aeroplanorock.





O que vocês acharam do show de vocês no festival Se Rasgum?



Achamos um bom show, bastante técnico. Foi legal a Se Rasgum ter convidado a gente este ano, justamente no ano em que preferimos não nos inscrever para a seleção, já que estamos focados na feitura do disco.


Vocês pretendem gravar o CD em Goiânia. Como surgiu essa ideia?



O ano de 2009 representou o fim de uma etapa de mutação para o Aeroplano. Achamos que a coisa amadureceu o suficiente para fecharmos um disco e que seria uma época boa. A banda vai fazer cinco anos em 2010, então é tempo já de lançar um disco cheio e com uma distribuição grande. A ideia de gravar em Goiânia, no RockLab com o Gustavo Vasquez, veio do contato que tivemos com o Macaco Bong em 2008, no Festival Quebramar, em que tocamos juntos.
Além da qualidade do estúdio e do Gustavo como produtor, queremos agregar valor ao nosso disco.
É até engraçado, mas, particularmente, não faço ideia do que vai resultar gravar um disco do Aeroplano num estúdio tipicamente rock, numa cidade com um histórico tão roqueiro assim. Digo isso porque as músicas que vamos gravar tem um tom menos focado em guitarras e distorção. Estou curioso pra ver como vai ficar isso.



Quanto tempo vocês pretendem ficar em Goiânia?



Pela programação das passagens, vamos dia 5 e voltamos dia 23 de dezembro. Estamos entrando em contato com Fernando Rosa pra ver se conseguimos fazer alguma noite em Brasília, e vendo com o Gustavo Vasquez algo em Goiânia mesmo. Pintou um convite pra marcarmos algo em Cuiabá, mas vai depender do ritmo da gravação. Claro que gostaríamos de tocar nestes lugares, porque ajuda na formação de público e já é o primeiro passo pra voltarmos lá para algum festival, ou fechando datas em uma provável turnê pelo centro-oeste, que é um grande pólo de produção cultural independente.



Aquela perguntinha básica: O que vocês acham dessa movimentação da cena independente do Pará e do Brasil?


Acho que eu vi no Twitter do Fabrício Nobre (presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes e vocalista da banda MQN) falando algo como "mais do que 'do it your self', estamos na era do 'do it togheter'". Só em Belém tenho conhecimento de uns cinco coletivos ou associações de artistas independentes. No Brasil, só os do Fora do Eixo já computam 40. Não sei onde vamos todos chegar com estes números, nem o que podemos tornar possível daqui a alguns anos. A verdade é que é inegável a força da real música feita no Brasil.
Somos os verdadeiros artistas que produzem a música popular feita no âmago da sociedade brasileira.
Sabe, as mídias tradicionais parecem não estar preparadas para absorver o que é produzido por bandas incríveis como Violins, Macaco Bong, Superguidis, Stereoscope, Stereovitrola, entre muitas outras, mas acredito que o ponto não seja mais nem este.
A Internet é a mídia quase definitiva do futuro e é nosso habitat natural. Não tem quem domine mais as possibilidades da grande rede do que a gente.
Isso tudo possibilita muito mais uma maior circulação dos produtos música e show, do artista, do artista-empreendedor e de meios que driblem a lógica capitalista da distribuição de cultura.