segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Soatá: Conexão Belém-Brasília




Através da verdadeira Transamazônica vem uma das bandas mais interessantes da música independente nacional, Soatá. O guitarrista Jonas Santos fez parte de formações clássicas do rock paraense, como Solano Star, Norman Bates (como baixista das duas) e Epadu (guitarrista). Agora, ele aparece novamente, com a Soatá e a misturada é de primeira, com influências amazônicas, soul, funk e rock'n'roll. Entenda o que estou dizendo nessa entrevista.


Para conhecer melhor a Soatá: http://www.myspace.com/soatatambor



Quais são as perspectivas com o Soatá?


Até o final desse ano vamos lançar um CD independente com 12 músicas. Temos uma reserva de pelo menos 20 músicas para registro. A banda vem se destacando em outros estados, estamos tentando participar de festivais por todo o país. Já tocamos além de Brasília, Belo Horizonte( vencedor conexão VIVO), Uberlândia e Fortaleza(Feira de música de Fortaleza). Levando o carimbó e a poesia amazônica! Aguardamos ansiosamente um convite para tocarmos em Belém. Acho que aí seria um Show com cara de Reencontro; pois a essência vem dá ai!


Contem a experiência musical de cada integrante?


Jonas Santos (guitarra): Sou Natural de Belém. Em 1993, comecei junto com o André Nascimento a misturar carimbó com rock. Convidamos o Claudio Figueiredo que definiu a historia poética da banda, e fundamos a Banda Epadu que movimentou a cena por um tempo em Belém. Sou também baixista do Solano Star, uma banda de rock'n'roll dos anos 90 de Belém. Gravamos Um CD ano passado no Studio Orbis aqui de Brasília, e se der tudo certo lançaremos este CD ano que vem em Belém. Já toquei tambem em algumas bandas de nu metal( Federal Attack) aqui de brasília como baixista. Participo também de uma Guig universal que conta com a participação de vários músicos brasilienses( Celio Maciel, Mauricio Barbosa, Sérvulo Portugal,Adriano PB,Ogro, Lieber Rodrigues, Pato etc), essa gig provém de uma Organização Caótica chamada "BÊRÔTÊCNIA³".

Ellen Oléria (voz, violão e percussões): Multi-instrumentista autodidata, a brasiliense Ellen Oléria esbanja na voz e em seus instrumentos um swing contagiado pelo funk e pelo samba. Com uma influência direta dos elementos da música negra brasileira desde seu tradicional regionalismo às suas dimensões modernas e contemporâneas. Compositora, recebeu diversos prêmios nos festivais de música por onde passou (como o FINCA – Festival Interno de Música Candanga - DF e o Festival de Música do SESC – DF). Com seu trabalho autoral abriu shows de grandes nomes da música Brasileira e Internacional como Geraldo Azevedo (PE), Richard Bona (CMR). Acompanhando o Raper GOG (DF) com a banda MPB Black, dividiu o palco com Lenine (PE) e Gérson King Combo (RJ).

Dido Mariano (contrabaixo): Músico profissional desde 1990, Dido (Pato) atuou principalmente na música instrumental. Influenciado por Jaco Pastorius (EUA), Victor Bailey (EUA), Arthur Maia (RJ), Nico Assumpção (SP), e forte inserção na música brasileira (samba, baião, maracatu, carimbó e xote). Sua experiência profissional também possibilitou desenvolver uma pegada rock and roll voltada para o heavy metal, tendo atuado com as bandas: The Other Side (DF), Exite Hell (DF), Armagedom (Deuses Verdes - DF). Atua também como professor de contrabaixo e violão, harmonia, improvisação, teoria musical há 15 anos no Instituto Musicart e como produtor musical.

Riti Santiago (bateria): Em atividade desde 1988, Riti Santiago desenvolve um trabalho musical que transita por vários estilos. A despeito de seu trânsito por diversas linguagens musicais, são inegáveis as suas influências no rock pesado. Junto à banda de rap Câmbio Negro (DF), Riti gravou três CDs e, em 1999, ganha o prêmio de melhor clip de rap no Video Music Brasil - VMB, da MTV BRASIL. Atua desde o final da década de 90 com produção musical, atendendo bandas e artistas do Distrito Federal e outros estados. Atualmente desenvolve um projeto de reggae e dub com 2DUB (DF).


Liéber (percussões)
: Percussionista e baterista, sua musicalidade é resultado da influência das ricas manifestações de cultura popular brasileira. Tem como fonte de inspiração o trabalho de artistas como Naná Vasconcelos, Ronaldo Farias e Simone Soul. Como co-fundador da banda Rebento da Rede (DF) investiu na fusão de diversos ritmos tais como samba, baião, afoxé e côco, explorando variados efeitos e fontes sonoras. Atualmente integra a banda Jenipapo(DF) com quem conquistou o 1º lugar no FINCA( Festival Interno de Música Candanga). Cursa Áudio na Escola de Música de Brasília(CEP-EMB).

Jonas, o que você poderia destacar do período do Epadu?

Cara, nasceu no periodo em que os artistas de todos os estados estavam voltados para esse valorização regional. Era uma parada que tava acontecendo no inconsciente coletivo. Gravei a música "Soáta" com o André Nascimento e ainda não havia escutado a galera de Recife, que já fazia essa proposta do regional com rock, funk, música eletrônica. Vi o Chico Science pela primeira vez no African Bar, show inesquecível, passei o fita demo pra ele, dizendo que o Epadu estava trabalhando nesse mesmo campo. Foi massa! Eu , o Claudio e o André produzimos alguns shows do Epadu aqui em Brasilia, foi muito bom. Parte da galera que toca no Soatá, tocou no Epadu quando o banda veio de Belém pra cá( Dido Mariano E Riti Santiago).

O que vocês poderiam destacar da cena independente de Brasília?

Aqui em Brasília tem muitas bandas( Galinha Preta, Moretools Gibertos comem bacon, Brown ha, Moveis Colonias de Acaju, Decivers, DFC, Violator; velho, são milhares!)vários studios de ensaio e gravação. Estão acontecendo muitos eventos custeados pelo Governo, iniciativa privada. Cara, se você tem um trabalho de produção e divulgação, a cena contribui para o seu trabalho!

Em relação a música independente do Pará, o que vocês conhecem e o que destacariam?

Olha só, estou esperando dar um pulo ai pra conhecer melhor. É lógico que posso fazer isso de qualquer lugar do mundo, mas o bacana é você conhecer a galera, olhar no olho. Conheci o Floresta Sonora lá em Fortaleza, a banda do do Calibre, muito bom! Gosto muito do Norman Bates, a banda do Nicolau, do Giovanni, do Carlos( ETFPA). Anubis, bande de trash metal do Mauricio Sanjad!. Massa! estou sempre ouvindo os grandes mestres de carimbó. O Epadu se apresentou com o Pinduca na Feira dos Estados aqui em Brasília foi bom demais!

Quais são os próximos passos da banda?

Como é bom começar com o pé direito, o proximo passo será o esquerdo! (rs...) a verdade é que a banda vai continuar trabalhando, subindo degrau por degrau, tijolo a tijolo, lançar o CD e sair tocando em todos os lugares possíveis. Vamos tentar shows em todos os cantos do país. Esparamos um convite para um show em Belém que será muito especial!

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