Aggnes Franco é atriz e trabalha na produtora Base2 Produções (http://www.base2producoes.com.br/), que agencia shows de grandes bandas como Sepultura e Angra. Conheçam o trabalho dessa MULHER DE ATITUDE.
Você sempre esteve envolvida com as artes de alguma forma. Quais foram os melhores momentos na sua carreira?
Foi ter interpretado "Elineusa" em uma peça chamada "Isso é só o fim!" de um dos núcleos da Cia. GRITE de Teatro, em minha estreia como atriz. Foi um desafio imenso interpretar uma mendiga tão complexa quanto ela. Elaborei a personagem inspirada em "Estamira". Era uma peça itinerante de modo que eu trabalhava muito próxima ao público, cerca de 50 centímetros me separavam das pessoas. Além disso, a peça toda tratava de questões extremamente relevantes. Ter estudado com o TAPA também foi incrível, e estrear o programa de TV "Ecoefeitos" sem ter tido experiência com TV também foi motivo de muito orgulho!
Você também tem uma ligação com o Rock e com o Metal. Como foi o pontapé inicial para essa aproximação?
É difícil responder isso. Sempre gostei de Rock e Metal. Mas profissionalmente tudo aconteceu porque eu cantava numa banda, e precisava fazer ela "acontecer". Para isso eu precisava entender o "Music Business". Por isso decidi que precisava trabalhar no mercado. Assim, meu amigo e então guitarrista da banda Michel Gambini me passou o e-mail de Gerard Weron, responsável na época pela Nuclear Blast na América Latina. Mandei um e-mail super informal falando do meu interesse em trabalhar na área e meu curriculum anexo. Menos de 1 mês depois eu era Assistente de marketing da NB. Foi maravilhoso trabalhar com ele, aprendi muito. Formávamos uma ótima equipe!! Se tornou um grande amigo e espero trabalhar novamente com ele.
O que você poderia destacar nesse mercado nacional?
Trabalho com muitas bandas, mas apenas na venda de shows e assistência empresarial. De qualquer modo, acho que o mercado precisa muito se renovar. Precisamos entender de uma vez por todas que a indústria fonográfica mudou, e que hoje o importante é ter shows. E existe uma grande diferença entre "shows" e "apresentações ao vivo". Temos bons exemplos de artistas experientes ou ainda no início de carreira. Particularmente - e não é só por trabalhar com eles - acho que o Sepultura é de fato uma banda que merece destaque, não só pela capacidade em ficar no mercado por tantos anos, mas por sua capacidade em reciclar-se, inovar e se reinventar. Isso é arte. E isso acontece porque os membros da banda são artistas de verdade, não apenas instrumentistas ou interpretes. Isso é muito raro. O que acontece muito é que as pessoas acham que para ser artista basta dominar um instrumento, e está muito longe disso!! ser artista significar estar atento ao mundo, se importar e se emocionar com ele e conseguir expressar isso de alguma forma. Não é para muitos.
Trabalho com muitas bandas, mas apenas na venda de shows e assistência empresarial. De qualquer modo, acho que o mercado precisa muito se renovar. Precisamos entender de uma vez por todas que a indústria fonográfica mudou, e que hoje o importante é ter shows. E existe uma grande diferença entre "shows" e "apresentações ao vivo". Temos bons exemplos de artistas experientes ou ainda no início de carreira. Particularmente - e não é só por trabalhar com eles - acho que o Sepultura é de fato uma banda que merece destaque, não só pela capacidade em ficar no mercado por tantos anos, mas por sua capacidade em reciclar-se, inovar e se reinventar. Isso é arte. E isso acontece porque os membros da banda são artistas de verdade, não apenas instrumentistas ou interpretes. Isso é muito raro. O que acontece muito é que as pessoas acham que para ser artista basta dominar um instrumento, e está muito longe disso!! ser artista significar estar atento ao mundo, se importar e se emocionar com ele e conseguir expressar isso de alguma forma. Não é para muitos.
Quais bandas e artistas paraenses você conhece? E quando teremos a chance de ver um artista do casting de vocês se apresentando em Belém?
É terrível dizer isso mas exceto Fafá de Belém não me lembro de ninguém que eu saiba ser do Estado. Sobre as bandas agenciadas pela produtora, eu espero profundamente que vocês logo tenham notícias de shows. Estamos procurando produtores locais sérios interessados em nossos artistas para que possamos visitar o estado, já que os artistas gostam muito de se apresentar aí!
Quais são os próximos projetos?
Bom, para o ano que vem estamos preparando muitas supresas para as comemorações dos 25 anos do Sepultura. Posso contar algumas, como a reinauguração da loja do Fan-club na galeria do Rock, lançamento de cervejas e vinhos com o Label Sepultura, além de uma bermuda em parceria com uma das maiores marcas de surfwear do mundo.
Sobre minha carreira, acreditamos que o programa Ecoefeitos reestréie aqui em São Paulo e se tudo correr bem com apoio do Fundo Especial para o Meio Ambiente. O projeto está em trâmite e acreditamos que será aprovado.
Sobre minha carreira, acreditamos que o programa Ecoefeitos reestréie aqui em São Paulo e se tudo correr bem com apoio do Fundo Especial para o Meio Ambiente. O projeto está em trâmite e acreditamos que será aprovado.
Que análise você faz do mercado cultural independente no Brasil?
A mesma da maioria dos artistas: dificílimo! As leis de incentivo são complexas de mais, e os editais exigem um conhecimento técnico que pouquíssimos artistas tem. Normalmente é preciso procurar um especialista para montar os projetos nos moldes requeridos. Tem também o fato de essas leis privilegiarem pequenos grupos, ou pessoas com muito dinheiro, como o caso da maior produtora cultural do Brasil que possui mais de 50 projetos aprovados pela Ruanet, projetos esses muito questionáveis inclusive. Além disso, os brasileiros não são educados para ter cultura como prioridade. Em uma recente pesquisa, cultura aparece no final da lista de prioridades, depois do décimo lugar e isso é muito ruim porque mostra a razão pela qual as pessoas tendem a procurar o trabalho de pessoas já reconhecidas. Isso significa que você precisa ter um grande investidor, aparecer no Faustão ou ter muito contato para não morrer de fome ou abandonar sua arte para ficar em um escritório que possa pagar suas contas. É triste, mas é a realidade brasileira. Além disso, tem muito pseudo-artista na cena, e normalmente são os que aparecem. Veja o caso de grupos como Pedra Branca, Mawaca... são excelentes, mas não estão na mídia. Não basta ser bom, tem que ter sorte e dinheiro.
Um comentário:
Minha querida amiga Aggnes!
PARABÉNS PELA MATÉRIA! Sabes que não sou muito do METAL ou ROCK, mas admiro sua capacidade de transitar pelos mundos, integrando ações e atitudes, o que a faz uma verdadeira "MULHER DE ATITUDE".
Foi uma honra aprender contigo no "Ecoefeitos", que em breve estará novamente no ar (estamos na torcida)! Eu e o iBiosfera estamos à disposição! Difícil é dizer se a admiro mais como artista, produtora, ambientalista etc. rs.
Beijos.
Sandro Nicodemo (Bandana).
www.clubedobandana.zip.net
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