terça-feira, 20 de abril de 2010

ENTREVISTA ESPECIAL: CH - BAIXISTA DA BANDA RETROFOGUETES

Morotó Slim, Rex e CH - RETROFOGUETES

A apresentação da banda baiana Retrofoguetes, pela primeira vez em Belém, será a grande pedida da próxima sexta-feira (23). A produção do evento é da Se Rasgum, que sempre mostra um excelente padrão de qualidade. Para abrir essa festa de Rock'n'Roll, a aclamada representante paraense Johnny RockStar começará os trabalhos. Isso tudo acontecerá no Studio Pub, que fica na travessa Presidente Pernambuco, 277, a partir das 22h.

Mas para falar sobre esse show, que com certeza será memorável, o baixista CH (Retrofoguetes) concedeu uma entrevista para o blog Rock Pará, na qual conta vários detalhes sobre a banda e também sobre a expectativa de se apresentar em Belém. Além dele, Rex (bateria) e Morotó Slim (guitarra) fazem parte dos Retrofoguetes. www.myspace.com/retrofoguetes

capa do segundo CD "Cha, cha, chá"


A expectativa está maior para se apresentar em Belém? Escrevo essa pergunta porque o público daqui está sedento pelo show da banda.
A expectativa é grande, está rolando um respaldo do público paraense muito forte, recebemos comentários diários de pessoas que querem ir ao show, que estão ansiosas pela nossa apresentação. Vamos caprichar para correspordermos à altura. Estamos muito contentes com a receptividade de vocês.


CH

Como está sendo a repercussão do CD "Cha, cha, cha"?
Chachachá é um marco pra gente. A primeira coisa que fizemos foi criar uma independência para termos mais autonomia, saímos do selo em que estávamos e criamos nosso próprio selo (Indústrias Karzov) e passamos a gerenciar todas as etapas da nossa produção, permitindo que pudéssemos estabelecer os nossos prazos. Desde o seu lançamento nacional, em abril do ano passado no festival Abril Pro Rock, esse disco tem quebrado inúmeras barreiras e levado a nossa música para locais que jamais imaginamos. O lançamento em Salvador foi no Teatro Castro Alves, o maior da Améria Latina, num feito inédito até então, pois nenhuma banda de rock baiana jamais tinha lançado disco ali, não se tem registro anterior disto. Depois circulamos o país com a turnê do Chachachá. Mas a primeira grande novidade antes desses shows foi quando lançamos Maldito Mambo! como single e ganhamos o prêmio de Melhor Arranjo no Festival de Música da Educadora, um festival de prestígio no mercado profissional de Salvador. Dando seguimento a turnê recebemos o prêmio de Melhor Show no festival PIB - Produto Instrumental Bruto, depois fomos indicados ao VMB na categoria Melhor Instrumental, e no final do ano vieram as listas de melhores de 2009. Entramos no ranking dos 25 Melhores Discos Nacionais de 2009 da revista Rolling Stone, entramos no Top 100 da Laboratório Pop, Chachachá foi considerado o Melhor Disco Nacional pela Rock Press, entrou na lista do jornal A Tarde como 3º melhor lançamento de 2009, ainda saiu em uma série de listas de melhores em blogs e sites. E continua repercutindo muito bem.


O que você conhece da música daqui, e sobretudo, do rock paraense?
Do Pará ouvimos coisas que fazem parte do universo rock e não rock também, entre elas La Pupuña, Madame Saatan, Suzana Flag, Johny Rockstar, Pio Lobato, Mestre Vieira.

CH em ação

O que você poderia destacar do pop e do rock baiano?
Tem muitos trabalhos bacanas na cena local. Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Vendo 147, Enio e a Maloca, Cascadura, Maglore, Paulinho Oliveira, Teclas Pretas, Bestiário, Orkestra Rumpilezz, Dois em Um, Subaquático, Baiana System, são muitos...

Capa do primeiro CD "Ativar"

Qual é a opinião de vocês sobre o cenário atual da música independente do Brasil?
Os músicos, produtores, jornalistas e demais agentes dessa cadeia, têm se mobilizado de forma contundente para criar e gerenciar novas políticas culturais em nosso país. Muitos músicos têm aprendido a trabalhar de forma auto-sustentável, conduzindo a própria carreira. Muitas bandas têm apresentado seu próprio modelo de trabalho e servido de exemplo para quem quer enveredar por esse mercado. Há uma profissionalização da cadeia, hoje acontecem seminários de formação em todas as áreas que lidam diretamente com a música, desde cursos para roadie, diretor de palco, produção, negócios da música. Estamos fomentando isso. E agora existe a coisa do foco nos mercados de nicho e as bandas estão mais ligadas em fazer música livre das exigências comerciais, antes impostas pelas gravadoras.
Estamos seguindo um bom caminho, pode melhorar muito ainda, mas estamos bem.



Quais são as expectativas e os projetos para 2010?
Daremos continuidade aos shows do álbum Chachachá, estamos tentando articular uma turnê fora do país, queremos fortalecer ainda mais nossa estrutura de equipe, criar novas parcerias e oportunidades pra banda, levar nossa música a lugares onde ela ainda não esteve e compor e gravar um novo material, aliás, já começamos a compor novas músicas, vem coisa boa por aí. E voltar mais vezes a Belém!!!


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