Nêgo Bode - Renovação de primeira no Rock Paraense

O Rock Paraense continua demonstrando ser como uma eterna fênix, sempre se renovando. Um dos mais representativos exemplos dessa nova safra é a banda Nêgo Bode. Ficou curioso? Então, divirta-se(http://www.myspace.com/negobode ). Edilson Vulcão (guitarrista), Mário Neto (baixista), Neuton Martins (vocalista), Leozinho (guitarrista), Leandro (baterista) revelam mais detalhes nessa entrevista exclusiva. Rockão de Primeira.

Quais são as principais referências musicais da banda?

Neuton: Raul Seixas; Edilson: Jimi Hendrix; Leo Norat: Pink e Floyd;
Leandro: Kiko Freitas; Mario Neto: Jaco Pastorius.

O que vocês já produziram de material próprio?
Temos músicas o suficiente pra um CD, ou um show de uma hora, todas autorais. Nesse ano de 2010 conseguimos terminar nosso CD demo com cinco músicas, seria legal gravar todas as músicas, mas ia ser muita grana.

Como a banda utiliza internet para divulgar as músicas?

myspace, blog, orkut, facebook, twitter, mas os dois últimos eu ainda eu ainda não sei mexer direito. Nem sei direito como se escreve twitter.

Quais são as perspectivas para esse ano?
Acredito que esse ano nós vamos nos fixar de fato como uma banda. O CD demo pode proporcionar muitos shows em lugares diferentes. A expectativa é crescer, crescer, crescer; ter um reconhecimento dentro do Rock paraense. Entretanto, espero que trabalhemos mais para que isso se consolide. Espero mais trabalho e empenho pra gente este ano, pra cada integrante.

Edilson: ah! uma turnê também ia ser muito bom.

Como vocês analisam a cena independente do Pará e do Brasil?

A cena independente no Brasil vai muito bem obrigado, no Pará até agora só deu certo para as aparelhagens. As aparelhagens dão suas músicas para serem vendidas pelos camelôs, porque eles têm onde tocar, nós Rock não.
O ruim, é que temos um monte de bandas surgindo no estado, e não temos um local para elas se apresentarem. E o que é pior, é que temos muitas pessoas talentosas no interior, mas estão ilhadas lá, músicos que nunca ouviram falar nem em MTV, por mais popular que ela possa ser.

Precisamos arrumar um espaço fixo, com equipamentos de som e iluminação que fiquem disponíveis, facilitando que as bandas se apresentem constantemente – tipo como na música do Júpiter Maçã.

Mas nem tudo é tão horrível quanto parece. Hoje quem aposta na internet tem se dado bem, os home studios produzem cada vez mais material, isso tudo obriga o mercado a ser reciclar, e abrir novos espaços.
Também se não fosse a tecnologia que temos hoje, não consegueríamos gravar nosso demo.