A banda de Capanema, interior do Pará, Destruidores de Tóquio consegue de forma inusitada misturar a psicodelia dos anos 60 e 70, com letras irônicas. Conheça mais dessa banda, nessa entrevista com o guitarrista e vocalista Nazo Glins. Além a banda é formada por Messias Lima (bateria) e Alex Lima (baixo e vocais). Para conhecer o trabalho deles, entre no myspace: http://www.myspace.com/destruidoresdetoquio.
Conte sobre a trajetória da banda em todos esses anos?
Conte sobre a trajetória da banda em todos esses anos?
Quais são as principais influências de cada músico?
Eu curto Ronnie Von, na fase “psicotupinicodélica”; Roberto Carlos, safra 67; Amado Batista e toda a fase de ouro da música brega (Carlos Alexandre, Diana, Lindomar Castilho) Erasmo Carlos, Hermes de Aquino, Azimuth, e Ave Sangria. O Alex adora a Geração 83, Smiths, The Cure, New Order, Housemartins. O Messias gosta de bandas mais "novas", Libertines, Supergrass, novidades na internet, e de bandas gaúchas. Todos nós gostamos de Kinks, Lou Reed, Stooges e Neutral Milk Hotel, uma grande influência pra banda foi o disco “Rádio 2000”, do Stereoscope, responsável por parte das mudanças em nosso som.
O que significa Destruidores de Tóquio?
Nós precisávamos de um nome ímpar pra divulgar na rede, um nome tipo: pesquisar no Google, e os resultados sejam todos ligados a banda, e o nome foi idéia de um artista plástico nosso amigo, o Lincão.
Como é a cena roqueira de Capanema (município localizado na região Nordeste do Pará, a 149 km de Belém, fonte: http://www.ferias.tur.br/informacoes/4596/capanema-pa.html)?
Como vocês utilizam a internet para divulgar o trabalho da banda?
Utilizamos de todas as formas possíveis e imagináveis, a internet foi o nosso teletransporte pra fugir da cena capanemense. Adoramos matérias nossas em blogs, site, e outros veículos on-line, é uma grande divulgação para uma banda.
Quais são os projetos para esse ano dos Destruidores de Tóquio?
Temos um disco pronto, que foi gravado em setembro do ano passado, nos porões da Ná music, o novo estúdio do Ná que é do caralho, diga-se de passagem, o disco foi produzido por Ricardo Maradei e pelo Jack (Stereoscope), o que foi uma honra para nós. O Ricardo tocou em algumas faixas , arranjou outras, resumindo, teve uma grande participação nesse novo trabalho da banda, e nos ajudou bastante, o disco foi mixado em Brasília pelo Gustavo Dreher, e masterizado pelo Thomas Dreher, isso tudo deu uma valorizada no nosso som, ficou com uma qualidade fantástica, estamos na expectativa, é o nosso primeiro trabalho oficial (industrializado), e vai ser lançado em julho pela “Ná music”, e vai se chamar “O Avesso e o Avesso”, uma citação a Albert Camus. Quero também aproveitar a oportunidade para agradecer ao Ná Figueredo, por ter confiado no nosso trabalho. Depois do lançamento, vamos tocar em alguns bares em Brasília, e depois seguimos para São Paulo. Estamos apostando na cena dos bares, pois os festivais estão congestionados, e pra se conseguir algum destaque em um festival , além da música, acho que você tem também que cuspir fogo, usar um vestido de noiva, ou dar um tiro na própria cabeça no meio da apresentação. São muitas bandas e pouco espaço. Eu não tenho talento pra ficar refém de festivais, as bandas são maiores que os festivais, mesmo as pequenas bandas. Viajaremos com o Stereoscope, já está quase tudo programado, faltando alguns detalhes, mas devemos partir em outubro deste ano , não vai ser nada de mais, só duas bandas viajando e tocando sem nenhum glamour, algo meio mambembe.
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