sexta-feira, 31 de julho de 2009

Verão roqueiro em Belém: Temporada “Te Comporta, Menina !!!” e “Seletivas Se Rasgum”

CRÉDITO DA FOTO: RENATO REIS

Enquanto que o resto do País estava se debatendo com tanto frio, aqui em Belém tivemos um início de verão regado a muito Rock, em todos os sentidos, com dois eventos que marcaram o mês de julho: a temporada de shows das bandas Suzana Flag e La Pupuña junto com outras bandas convidadas; mas também para fechar o mês com chave de ouro ocorreu a primeira parte das Seletivas da 4ª edição do festival Se Rasgum, com os shows memoráveis das bandas locais (as selecionadas pelo público foram Máfia da Baixada, Sincera, Plug Ventura e Hebe e Os Amargos). Porém, o final da festa ficará para sempre guardado, para quem foi, com o show da banda gaúcha Pata de Elefante. Talvez, nunca tenha se visto uma grande quantidade absurda de moshs num show de Rock instrumental.
Os dois eventos foram realizados de frente para a Baía do Guajará (“Te Comporta, Menina” – no Palafita; “Seletivas Se Rasgum” – no hotel Gold Mar). Lugar mais propício impossível, com a lua sendo sempre a anfitriã. Regionalizando, não apenas musicalmente, mas sobretudo, em atitude a cena independente do Pará.
Durante a temporada de shows das bandas Suzana Flag e La Pupuña, no “Te Comporta, Menina !!!”, os músicos mostraram por quê o Brasil inteiro “paga pau” para a cena local. Talento, competência e a malandragem paraense presentes em altos níveis de decibéis e alcoólicos. Um dos grandes momentos das bandas convidadas foi à participação “do Johny Rock Star. Quase que o piso do Palafita veio abaixo.
Os produtores do festival clássico na cidade de Belém, Se Rasgum, mostraram muita competência para a realização da primeira parte das seletivas do festival. Independente das bandas classificadas, mas uma situação fica, cada vez mais clara, que as bandas do Estado estão muito a frente do que está acontecendo no resto do Brasil.
Falar sobre diversidade já ficou banal para explicar. Mas é algo impressionante: como as bandas não se parecem umas com as outras, como na cena gaúcha; não temos milhares de bandas emo, como na cena paulistana; isso citando apenas as localidades mais conhecidas. Parabéns para todas as bandas paraenses que participaram do festival.
O gozo dessa primeira edição das “Seletivas Se Rasgum” foi o MARAVILHOSO show da banda gaúcha Pata de Elefante. Completamente fora do mundo sixties do Rio Grande do Sul, os músicos suaram mesmo a camisa tocando e fazendo o público pirar. Sem esquecer o tempero paraense no show dos gaúchos, pois ainda teve a participação de Tony da Gaita, da banda Blues e Cia, quebrando tudo.
Eu, sinceramente, nunca tinha visto uma quantidade excepcional de moshs durante uma apresentação de uma banda instrumental. Algo sem precedente e inesquecível....
Que o Verão continue mais quente e com mais shows memoráveis.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

"TE COMPORTA MENINA !!!" - ENCERRANDO A TEMPORADA DE JULHO



CRÉDITO DA FOTO: Ana Flor

VEJA VÍDEO DA BANDA SUZANA FLAG NO FINAL DO TEXTO

TEXTO DE DIVULGAÇÃO


TE COMPORTA, MENINA
Bandas encerram temporada e festejam



A festa “Te Comporta, menina”, que tem agitado as quintas-feiras de julho em Belém, encerra essa temporada em ritmo de dança. Os ritmos latinos estarão em alta nesta quinta-feira, no Bar Palafita, com a anfitriã La Pupuña que tem colocado todo mundo para dançar ao som do brega, das guitarradas, merengue e salsa. A convidada Cuba Livre também tem o forte nos ritmos latinos, tocando merengue e salva, entre outros ritmos contagiantes.

O Suzana Flag, que tem no pop rock e na MPB o forte de seu repertório de verão, vai tocar também clássicos bregas para dançar agarradinho e promete comover as pessoas com a execução de seu maior hit, “Contraposto”, que andou sumido do repertório nos últimos anos.

A festa “Te comporta, menina”, promovida pela Ukauka Produtora, sob organização de Nicobates e as bandas Suzana Flag e La Pupuña, juntou um público médio de 500 pessoas a cada quinta-feira de julho e contou com as participações das bandas Tomarock, Johny Rockstar, Bris Zaboa e Ban Pelts. O produtor ainda não dá certeza, mas a festa deve continuar em agosto, com novos convidados e novos formatos.

“A avaliação até agora é positiva, mas temos que considerar gastos e a possibilidade de patrocínio, porque estamos lidando com música autoral e com festas comerciais. De qualquer forma é um superespaço para que não só os belenenses possam curtir a nossa música num clima agradável, a beira rio, como para quem está de passagem pela cidade”, diz Nicobates.

O produtor disse que a experiência de fazer a festa em julho, quando, tradicionalmente, a cidade fica sem muitas opções foi um aprendizado e tanto. “Tivemos muitos turistas entre nosso público, inclusive de outros países. Jornalistas, músicos e executivos em trânsito pela cidade passaram pela festa, dançaram, conheceram nossa música, pessoas interessantes. Isso é turismo cultural também”, explica.

A banda Suzana Flag é uma das mais populares do novo rock paraense, surgido em meados dessa década, já tendo ganhado prêmios nacionais. A banda antecipa músicas do seu disco que está no forno, Souvenir, aprovado pelo edital da Secult no ano passado e que está para ser lançado. Além disso, 60% do repertório é marcado por clássicos da MPB e do pop rock, incluindo releituras bregas clássicos dos anos 1980.

Por sua vez o La Pupuña vem da divulgação de seu disco, “All Rigth, Penoso”, que conquista fãs a cada nova audição pelo Brasil e pelo mundo. Depois de tocar no South by Southwest, em Austin (EUA), a banda apresenta seu show dançante, a ritmos latinos e paraenses, prometendo surpresas em parceria com o Suzana Flag.

A programação tem apoio da MTV Belém, lojas Ná Figueredo e Rede Cultura de Rádio e Televisão. Mulheres com flyer da festa não pagam até as 22h.


SERVIÇO:

Quinta-feira, dia 30, festa “Te Comporta, Menina!”, no Palafita, Cidade Velha, ao lado do Píer das 11 Janelas, a partir das 22h. Ingressos a R$ 10. APOIO: MTV Belém e Ná Figueredo. Informações: 9614 1005.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

SELO DE PORTUGAL LANÇA CD AO VIVO DA CLÁSSICA BANDA STRESS

Assista entrevista clássica de Roosevelt Bala no final do texto


"Aqui está o primeiro lançamento de 2009 da editora Metal Soldiers Records. Este CD contem 11 músicas gravadas ao vivo no Brasil em Maio de 2005 mais 04 músicas retiradas de uma demo da banda gravada na gloriosa decada de 80, mais concretamente em 1986 e para fechar com chave de ouro a editora decidiu incluir uma música gravada em 2005 e que nunca saiu em CD cujo nome é Coração de Metal. Esta música que finaliza este CD é um autentico hino ao Heavy Metal de todo o mundo.
A banda canta em Português e são oriundos do Brasil, mais concretamente da Amazônia. QUEM DIRIA! Esta banda que já existe desde a década de 70 lança agora o seu primeiro CD ao vivo com um total de 16 músicas de puro Heavy Metal. Compra já este CD por apenas 10,00 Euros mais portes e recebe inteiramente grátis 01 crachá oficial dos STRESS de 38 mm. Veja os meus outros leilões e tente poupar nos portes de correio. Os portes mencionados neste negócio são para correio normal nacional. Boas compras. "


Importância da Stress para o Heavy Metal brasileiro

Em 1974, a juventude brasileira sofria com a pressão militar, firmada pelo Ato Institucional número 05 (AI-5). Mas mesmo assim, o Rock’n’roll era o ritmo reinante e que, em todas as suas manifestações, incitava o espírito de todos.
Foi nesse ano, inspirado por bandas como Led Zepellin e Deep Purple, que os amigos paraenses: André Chamon (bateria), Leonardo Renda (teclado), Roosevelt Bala (vocal), Wilson Mota (guitarra) e Paulo Lima (baixo), todos na faixa dos 14/15 anos de idade começaram a conversar sobre música e também começaram a empreitada musical. “Nós íamos de casa em casa, quando sabíamos que havia um garoto que tinha discos de rock. Chegávamos sem avisar, e acabávamos fazendo grandes amizades”, afirmou Roosevelt Bala, futuro incentivador dessas missões e também futuro baixista da banda Stress.
Nessa época, no final da década de 1970, as bandas brasileiras, principalmente as de São Paulo, demonstravam forte influência do Hard Rock; mas não poderiam ser consideradas de Heavy Metal. “A Rita Lee estava com a banda Tutti Futti e ainda existia o Made in Brazil. Mas nenhuma dessas, como outras, eram de Heavy Metal”, disse Bala.
Então para aqueles garotos paraenses era o grande momento de fazer História. E a partir de 1974, surge a banda Stress, que antes se chamava Pinngo (com dois “n” mesmo) D’água, porque o bumbo de André parecia um pingo d’água. Alguns anos depois passaria a se chamar Stress. E em 1982, já com Bala nos vocais e no baixo, lançaria o primeiro disco de Heavy Metal do Brasil.
Ainda segundo Bala, a cena roqueira de Belém começava a se desenrolar no início dos anos 80. “Nós emprestávamos instrumentos para as primeiras bandas punks de Belém, como o Insolência Pública”. Demonstrando, que não havia rivalidade entre os punks e os headbangers da cidade.
O disco foi gravado na cidade do Rio de Janeiro e lançado em 1982, em um grande evento no campo da Curuzú, para 20 mil pessoas. Além disso, houve outro show histórico, no início de 1983, no Circo Voador (RJ) para a mesma quantidade de pessoas.
Depois de toda essa comoção, os músicos paraenses foram morar na cidade maravilhosa, aproveitando o momento marcante de abertura política e também para o rock nacional. Se apresentando junto com as várias bandas, que estavam começando na época, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, entre outras.
Mas havia um entrave na sonoridade da banda Stress, não era o som típico para as rádios convencionais de música pop, pois não se enquadrava no New Wave, som típico da época.
Mesmo assim, os músicos eram reconhecidos como heróis para as bandas de Heavy Metal, que também iniciavam. “Os mineiros do Sepultura nos convidaram para escutar algumas músicas, que eles estavam compondo”, relatou Bala.
Atualmente, a banda Stress é a grande estrela do documentário “Brazil Heavy Metal, que será lançado no final de 2009, que contará a História do Heavy Metal no Brasil.
Entrevista clássica de Roosevelt Bala para a jornalista Adelaide Oliveira (TV CULTURA do Pará)


terça-feira, 28 de julho de 2009

SELETIVAS DA 4ª EDIÇÃO DO FESTIVAL SE RASGUM

VEJA NO FINAL DO TEXTO A CHAMADA DAS SELETIVAS QUE ESTÁ SENDO VEICULADA NA MTV BELÉM



TEXTO DE DIVULGAÇÃO:


Pata de Elefante na primeira seletiva Se Rasgum

Quarta-feira, 29 de julho, a banda gaúcha Pata de Elefante encerra a noite da primeira seletiva com 12 bandas que disputarão as quatro vagas para as finais, no Hotel Gold Mar.

Uma batalha de bandas com direito a participação de um convidado muito especial, a banda gaúcha Pata de Elefante. Este será o clima da primeira eliminatória das Seletivas para o 4º Festival Se Rasgum. A primeira etapa será nesta quarta-feira, 29 de julho, com doze bandas disputando quatro vagas para o lançamento do 4º Festival Se Rasgum, abrindo para os Móveis Coloniais de Acaju, dia 8 de agosto. Todas as etapas das seletivas serão no Hotel Gold Mar (antigo Paramazônia, ao lado do Curro Velho).

No total, 24 bandas paraenses participarão das seletivas para a quarta edição do Se Rasgum. No final, três dessas 24 bandas estarão na programação do 4º Festival Se Rasgum, que será realizado nos dias 13, 14 e 15 de novembro em Belém. O público pode participar da escolha das vencedoras através de votação com as cédulas que serão distribuídas nos dias 29 de julho e 5 de agosto, no Hotel Gold Mar, e pela internet: www.serasgum.com.br. Uma batalha de bandas em que os mais aptos terão sua vez, fortalecendo o tema do festival desse ano, “Só os mais aptos sobrevivem”.

As quatro bandas com as melhores notas em cada seletiva se classificam para a fase final, no dia 8 de agosto. Na decisão, o sistema de votação será repetido, mas com outros jurados. As três melhores bandas garantem uma vaga na escalação oficial do Se Rasgum e mais um pacote de prêmios: a gravação de quatro músicas no estúdio Ná Figueredo; a confecção de marca, hotsite e encarte para o CD pela Libra Design; a produção de um ensaio fotográfico por Renato Reis; quatro horas de ensaio no Fábrika Estúdio; e a confecção de um release de imprensa.

Pata de Elefante – De passagem por Belém após apresentação no Baiacool Jazz Festival, que possibilitou a vinda da banda ao Norte, o trio instrumental Pata de Elefante fará uma apresentação especial na quarta-feira, 29, encerrando o primeiro dia das Seletivas Se Rasgum. Com um dos melhores shows de rock instrumentais do País, a banda vem desde 2002 se apresentando por todas as regiões deixando o queixo caído do público, como marca registrada de suas apresentações.

Formada por Gabriel Guedes, Daniel Mossmann e Gustavo Telles. O trio se diferencia por fazer rock instrumental com ênfase nas melodias. São canções instrumentais que atingem em cheio ao público acostumado a ouvir música com vocal. Gabriel Guedes e Daniel Mossman revezam entre guitarra e baixo, imprimindo a dupla sonoridade característica do grupo, sustentada pela bateria de Gustavo Telles.

Os três são compositores, o que faz com que a Pata de Elefante soe heterogênea, mas com unidade. Em estúdio a banda procura dar às músicas o que cada uma necessita, priorizando timbres arranjos e execução.


A primeira seleção - O crivo começou em junho, quando um júri de oito pessoas ligadas à produção musical independente escolheu as 24 bandas entre mais de 100 inscritas. A comissão foi formada por nomes como Fabrício Nobre (organizador dos festivais Goiânia Noise e Bananada, presidente da Abrafin e um dos donos do selo Monstro Discos), Rodrigo Lariú (jornalista e dono do selo Midsummer Madness) e Fernando Rosa (jornalista, organizador do festival El Mapa de Todos e dono do selo Senhor F).



Serviço: Seletivas do 4º Festival Se Rasgum. Dias 29 de julho e 05 de agosto, às 20h, no Goldmar Hotel (Rua Prof. Nelson Ribeiro, 132, próximo à Fundação Curro Velho). Ingressos a 5 reais, apenas na hora do evento.



PROGRAMAÇÃO DAS SELETIVAS


29/07
1. Força Paralela
2. Os Caras da Estrella
3. Sincera
4. Octoplugs
5. Máfia da Baixada
6. 16-bits
7. Vinil Laranja
8. Plug Ventura
9.Os Miguelittos SA
10. Barão Geraldo
11. Ruwa
12. Hebe e Os Amargos
13. Pata de Elefante (RS)


05/08
1. Meffista
2. Minerva
3. Inversa
4. Paris Rock
5. Aliados MCs
6. Tenebrys
7. Neurama
8. Malachai
9. Juca Culatra e Power Trio
10. Bobo da Corte
11. Amplificador de Brinquedo
12.Ultraleve

segunda-feira, 27 de julho de 2009

EDUARDO MESQUITA - O INIMIGO DO REI






Eduardo Mesquita é responsável por um dos melhores blogs do Brasil, sobre música independente, O Grito do Inimigo (http://www.ogritodoinimigo.com/). Conheça mais o que pensa "O Inimigo do Rei".


O que você poderia destacar da música independente nacional atualmente?

Se formos falar de bandas pelo país, isso vai levar tempo demais. Todos os dias surgem grandes nomes, promessas certas e inúmeros projetos que tem tudo para ser um divisor de águas ou coisa parecida. Mas pela quantidade gigantesca desses mesmos nomes eu deveria me limitar à comentar o que tenho visto aqui na terrinha pequizenta, e isso também não é muito; mas meu juízo é curto então deixa falar do que ando vendo. Ando acompanhando o rock meio de longe, por causa da minha recente paternidade, voltando aos poucos e buscando me situar. Ultimamente ouvi uma banda muito legal aqui em Goiânia que é o Girlie Hell - http://www.girliehell.com http://www.myspace.com/girliehelll - uma banda de gurias que consegue dosar som dançante, barulho rasgado e meninas bonitas. Uma receita ótima! O Filomedusa - http://www.myspace.com/filomedusa - do Acre, veio aqui em GoiâniaTown por causa do Bananada e deixou a goianada com a boca arreganhada, novamente com a competência fudidíssima do Saulinho e a malícia maldosa da Carol. O Black Drawing Chalks - http://www.myspace.com/blackdrawingchalks - anda viajando o mundo todo graças à sua competência, então é algo a ser notado como um brilho no horizonte. O Boddah diCiro - http://www.myspace.com/boddahdiciroboddahdiciro - é uma das minhas bandas favoritas hoje em dia, são de Tocantins e fazem um grunge inteligentíssimo.
Aqui em Goiânia andam surgindo bandas pesadas bastante interessantes, no rastro do Mugo - http://www.myspace.com/mugobr - surgiram coisas bem legais, como o Sattva, por exemplo. Mas meu espectro é muito limitado, não há dúvida disso, e eu preciso reconhecer que meu afastamento limitou muito meu contato. Continuo recebendo material de bandas do país inteiro, me mandam Cd´s, me mandam links de myspace, mas o tempo anda curtíssimo e eu preciso escolher com cuidado o que vou dedicar atenção. Mas quer uma dica de Cd fuderoso lançado recentemente? "Rock´n roll é bom pra mim" dos fabulosos Shakemakers, daqui de GoiâniaTown, que eu ando ouvindo sem parar dentro do carro. Rock puro e safado, da melhor forma.
Mas em termos de organização o que vejo é mais do mesmo. Da minha janela estreita e pequenininha eu vejo os mesmo brigões ralando pra fazer o que acreditam e tomando pedrada de quem discorda e gosta de detonar. Isso parece não mudar. Mas os cães ladram e a caravana vai embora, isso também não muda, felizmente.

O blog "O Grito do Inimigo" é um dos mais conhecidos, para quem é interessado, por música independente no Brasil. Como é a repercussão do blog?

É mesmo um dos mais conhecidos?? Putz, eu não sabia disso. Vou até atualizar com mais frequência então. hahahahahahaha.
Cara, eu tenho um público leitor bem particular e pitoresco. Poucos comentam no blog, mas muitos me mandam emails. Acho que eu criei um canal mais particular de contato com meus leitores, o que me dá uma satisfação grande, mas quase onanista. Ultimamente eu venho monitorando com mais cuidado meus pageviews e venho descobrindo que sou lido no mundo inteiro, já tive acessos de gente da Europa, Oceania, Américas todas e isso é bem legal. Mesmo que o cara tenha caído sem querer na página e nem parado pra ler, mas geram alguns contatos interessantes. Essa conectividade e acessibilidade gerada pela tecnologia é o mais gostoso de tudo isso.
Agora em todos os festivais que eu ando participando tenho recebido comentários muito generosos sobre o blog, gente que lê, que cobra mais assiduidade da minha parte e gente que até tem o blog na lista de favoritos! Eu piro pra isso, realmente, porque nunca foi algo planejado pra repercutir assim. Para quem está aqui e ainda não conhece o site inimigo, vá até o http://www.ogritodoinimigo.com/ e faça uma avaliação. A casa está sempre limpinha.

O que você poderia destacar do rock independente no Pará?

Sou fã e pago pau pros meus amigos do Madame Saatan. Então de saída eu tenho que enaltecer esses quatro figuríssimas, porque além de ser uma banda fantástica, pesada, musical, profissa até o talo, eles também são pessoas sensacionais. Além deles eu ouço muito o Jolly Joker, com seu rock machista, canalha e autêntico. Ou seja, rock de verdade, né? hahahahahahhaahhaha
Gosto de La Pupuña pela riqueza, criatividade e diversidade. Mas destaco o Belrock e o Se Rasgum como realmente vozes firmes e poderozzas do que acontece e se produz na terra das mangueiras. Legal ver que a cadeia produtiva está bem atendida por aí, com gente escrevendo, gente fotografando, gente produzindo, gente tocando, isso faz o cozido ficar gostoso!

Quais são os teus próximos projetos?

Esse ano vai devagar nessa área, mas o SANGUE SECO - www.myspace.com/sangueseco - banda que sou vocalista, pretende fazer um trabalho mais dedicado de divulgação, estamos com o primeiro cd - "No ar cheiro de matança" - nas mãos e vamos começar a despachar para o país inteiro. Buscar festivais e shows pelo país. Além disso, estou na pilha de gravar logo um outro Cd, aproveitar que estamos com uma formação super criativa e empolgante. Para o site os projetos são de melhoria de estrutura mesmo, fazer o site ser melhor para quem visita, porque ele está meio largado, assumo. Com isso gerar mais apoio para quem produz rock porque o benefício maior que o site pode gerar é esse. Servir de ponte, de contato. E ainda tem para esse ano a idéia de lançar um livro de contos - "Os gritos do Inimigo" - para desovar quase 400 páginas de literatura mal feita que eu venho produzindo nos últimos anos. Vou começar a largar alguns desses contos no site inimigo para ir alimentando alguma curiosidade, quem sabe? Mas o principal projeto é brincar muito com meus tubarõezinhos e amar demais. O resto é o que virá!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

CLEMENTE TADEU NASCIMENTO: ALÉM DO PUNK


Clemente Tadeu Nascimento é além de vocalista e guitarrista da clássica banda Inocentes (http://www.myspace.com/inocentes). Ele também é guitarrista e um dos vocalistas da Plebe Rude (http://www.myspace.com/pleberudeoficial), e diretor artístico do site showlivre (www.showlivre.com). Nessa entrevista, Clemente mostra o seu ponto de vista sobre a atual música independente nacional, entre outros assuntos. Veja o clipe da música "Pânico em SP", no final da entrevista.
Como você analisa a música independente brasileira atual?

Poxa a cena independente nunca foi tão independente e tão diversa e organizada como hoje em dia, e olhe que falta muito para ser uma indústria alternativa, mas estamos indo nessa direção a passos largos. Os festivais se proliferam, as produções são bacanas, as bandas são boas, acho que temos um futuro promissor.

Quais são as principais diferenças da década de 80, quando os Inocentes, para a década 00? Tanto na produção de CDs quanto na produção de festivais?

Hoje é muito, mas muito mais fácil produzir um disco independente, na década de 80 era muito caro, por isso sempre se recorria as grandes gravadoras. Pra você ser independente tinha que ter um investidor, no caso um selo que aceitasse bancar tudo, isso sem falar na distribuição que era impossível de se fazer sozinho.
Já os festivais se proliferaram, os punks começaram com esse formato de festivais não competitivos na década de 80, o maior foi o “Começo do Fim do Mundo” no SESC Pompéia em 1982, de lá pra cá eles foram mudando se profissionalizando e se diversificando. Hoje tem de tudo nos festivais até bandas punks, hoje existe apoio das secretárias de cultura, que entendem que os festivais são um bom celeiro de bandas.

Atualmente, o portal Showlivre.com é um excelente meio de divulgação para as bandas independentes. Como funciona essa organização?

Nossa proposta é não nos restringirmos a nenhum estilo ou tendência, é um espaço aberto para a boa música do planeta, se for legal vai estar aqui. Na verdade agora estamos mais para produtora com direcionamento artístico do que um portal, propriamente dito, hoje produzimos para o IG.

Quais serão os próximos passos da banda Inocentes?

Temos que terminar o “Cemitério de Automóveis” nosso CD de inéditas que já está virando um “Chinese Democracy”. Hahahahaha. Temos que terminar uma coletânea para o mercado internacional que vai sair no Chile, Portugal, Espanha e Argentina.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

TE COMPORTA MENINA !!!!











TEXTO DE DIVULGAÇÃO:

Férias em Belém: Pop, Rock e Merengue!

A festa “Te comporta, menina”, que vem agitando todas as quintas de julho no Bar Palafita, recebe a banda cover de rock Van Pelts. Capitaneada pelo vocalista Marcelo Kawage, ex-integrante da banda Caustic e atual líder da banda autoral Dharma Burns, a banda vem despertando grande interesse na Internet com seus covers bem executados.

A versão de Paranoid Android, do Radiohead, chegou a receber elogios internacionais no Youtube, onde é comentada como uma das melhores versões cover da música. Além da paixão pelo rock alternativo dos anos 1990, a banda traz a influencia dos Beatles. “Mas não dos Beatles do iê, iê, iê, nossa influencia vem principalmente de discos como o Revolver”, diz Marcelo.

Além dessas bandas, o Van Pelts traz em seu repertório canções de Smashing Pumpkins, Placebo, Blur, Nirvana, Jeff Buckley, Muse e Coldplay.

Van Pelts terá como anfitriãs as bandas Suzana Flag e La Pupuña co-realizadoras da festa que já recebeu Tomarock, Bris Zaboa e Johny Rockstar nas edições anteriores. O Suzana Flag apresenta seu clássicos do disco Fanzine, além de canções novas do disco Souvenir, ainda a ser lançado.

A banda La Pupuña, por sua, chegou dos EUA, onde tocou no Texas, com seu repertório de guitarradas, calipsos e merengues afiadíssimos para dançar.

O Bar Palafita fica na Rua Siqueira Mendes ao lado do píer das 11 Janelas e mulheres com flyer da festa não pagam ingressos até às 22h. Os flyers podem ser adquiridos nas lojas Na Figueredo (Gentil Bittencourt e Estação das Docas). As 20 primeiras meninas que pagam ingresso ganham uma dose de Tequila. Os ingressos custam R$ 10. A festa ainda terá mais uma edição no dia 30 de julho.

A festa “Te comporta, Menina” é uma realização da Ukauka Produções e tem apoio da MTV Belém. Informações: 9614 1005.



quarta-feira, 22 de julho de 2009

THE BAUDELAIRES NA FESTA "SE RASGUM PROS QUE ESTÃO EM CASA"




TEXTO DE DIVULGAÇÃO:


Se Rasgum pros que estão em casa


Dia 23 de julho, quinta-feira, no Café com Arte, a Dançum Se Rasgum dá uma festa para os que ficaram em Belém e traz o show da banda The Baudelaires.


Quer saber? Que se dane o lance de “Ah, o verão...”. Já chega! Praia, sol, biquíni e cerveja a gente tem o ano todo.


Julho também é mês de onda em Belém. E pensando nos que ficaram por aqui, a Se Rasgum reativa sua festa “julhina” quase quatro anos depois. Pros que estão em casa é uma festa para quem curte Belém em julho, com belas tardes, pouco trânsito, pessoas interessantes e uma promoção imperdível: até meia-noite, seu ingresso de 10 reais vale uma cerveja grande.E na quinta-feira, 23, você vai ficar em casa pra quê?


Os DJs Se Rasgum recebem convidados no Café com Arte e um retorno mais do que esperado: Dudu Feijó volta às pick ups com seus infalíveis hits anos 80. E quem participa da festa como DJs convidados são nossas amigas Soninha e Yasmin Medeiros. No Porão, a pista tem dono: Marcel Arede e Bina Jares. E quem se apresenta na festa é uma das confirmações para o 4º Festival Se Rasgum para uma apresentação no palco da galeria do Café com Arte: The Baudelaires.


A banda é capitaneada por Andro e Marcelo Kawahge, que depois de uma overdose de Teenage Fanclub resolveram criar a primeira banda de power pop de verdade da cidade. The Baudelaires é o sopro da nova safra de bandas paraenses sem trazer muitas novidades ou compromissos com a língua mãe, mas fazendo um rock simples, bem cantado, bem tocado e apostando em backing vocals.


LINE UP:


(Pista principal)


Damaso

G Bandini

Dudu Feijó

Yasmin


(Porão)


Soninha

Bina Jares

Marcel Arede


Show:


The Baudelaires


SERVIÇO


Se Rasgum pros que estão em casa


Dia e hora: 23.07.2009 (quinta-feira), a partir das 22h.Local: Café com Arte (Travessa Rui Barbosa, 1432) - Belém / PA. Show: The BaudelairesIngressos: 10 reais até meia-noite (com direito a uma cerveja grande).
CONHEÇA MAIS A BANDA THE BAUDELAIRES:

segunda-feira, 20 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE O ADIAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DO MESTRE LAURENTINO DA GAITA NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO



CRÉDITO DA FOTO: Bruno Miranda


"INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO JORNALISTA CACO ISHAK"
* CONFIRA NO FINAL DO TEXTO O VIDEOCLIPE DA MÚSICA "LOIRINHA AMERICANA"


"Prezados,



É com imenso pesar que acabamos de receber uma ligação da produção do programa Domingão do Faustão, informando que, por decisão do próprio apresentador, o quadro "Figuraça", com a participação de Mestre Laurentino, foi adiada para o dia 02 de agosto.



Agradecemos toda a divulgação feita até o momento, mas é nosso dever alertá-los para tão desagradável e inesperado fato antes que as matérias do fim-de-semana fossem rodadas nas redações.Pedimos desculpas por todo o trabalho feito pelas equipes de jornalismo que se deslocaram de suas redações e nos deram toda a atenção.



Contamos com a compreensão de todos, na certeza de que lamentamos juntos por esse contratempo. Infelizmente, estávamos todos contando com a apresentação, dada como certa até então pela produção do programa, e nada podemos fazer quanto a isso.



Em breve, assim que tivermos a justificativa por escrito do programa em mãos, enviaremos uma nota oficial de esclarecimento.As apresentações no Sesc Santana, em São Paulo, como ponta-pé inicial da turnê "Formigando pelo Brasil", no entanto, estão mantidas.Novamente, agradeço pela divulgação e pelo apoio. E desculpas pelo acontecido.



Atenciosamente,



Coletivo Rádio Cipó"



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"Conforme prometido ontem, segue abaixo uma justificativa escrita da produção do Domingão do Faustão, esclarecendo as razões de terem adiado a apresentaçã de Mestre Laurentino e do Coletivo Rádio Cipó para o mês de agosto.Agradecemos, novamente, por todo espaço dispensado nos veículos de comunicação locais.



Abraços e obrigado,



Coletivo Rádio Cipó"


“Boa Noite ,
Gostaria de comunicar , que devido a grande importância do Mestre Laurentino e ao pouco tempo que teríamos para a apresentação dele no programa nesse domingo , a direção do programa resolveu transferi-lo para o dia dois de agosto.
Espero a compreensão de todos !
Obrigada


Milisa Souza - Domingão do Faustão”

sexta-feira, 17 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

LA PUPUÑA E O CHUPA-CHUPA


A banda paraense La Pupuña, atualmente responsável por um dos shows mais legais da cidade, está preparando o sucessor do primeiro CD "All right, Penoso" (Ná music). O disco será, dessa vez, conceitual e baseado em dos casos mais polêmicos de ataques, isso mesmo que vocês acabaram de ler, ataques de OVNIs no Brasil, que ficou conhecida como "Operação Prato", em Colares (PA) no final da década de 1970.

Mas os populares da cidade chamaram as ocorrências de "Chupa-chupa", porque as pessoas atacadas apareciam com marcas no pescoço, como se tivesse sido chupado o sangue delas. Para falar sobre o assunto, contactei o guitarrista, vocalista e percusionista Luís Félix. Além dele, a banda é formada por Adriano Sousa (bateria), Diego Muralha (guitarra), Diego Pires (baixo), Kleber PSB (percussão), Rodolfo Santana (teclado), André Coruja (produção), Marcel Arêde (produção) e Luiz Martins (técnica).
Como surgiu a idéia de realizar um disco conceitual, em relação ao caso conhecido como “Operação Prato”?
Nós sempre pensamos em fazer um disco conceitual, sempre tentamos fazer com que a guitarrada contasse algo. Foi a partir de uma música que eu fiz sobre Colares, que me surgiu a idéia de fazer um disco sobre a "Operação Prato". Falei com a galera da banda e todos curtiram e toparam encarar essa história !

Vocês chegaram a realizar pesquisas sobre o assunto? O que acharam de mais interessante?

A gente achou muita coisa sobre essa história, coisas realmente surpreendentes! Na net tem quase tudo sobre isso. No site da revista UFO (http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3135) tem muita coisa! O que achamos mais interessante é como o povo assumiu e incluiu esse acontecido na cultura popular de Colares

O repertório da banda La Pupuña, quase todas as músicas são instrumentais. Conte um pouco do conteúdo das letras? E os títulos das músicas?

Temos algumas músicas cantadas neste CD, mais que o primeiro! As letras falam do que aconteceu em vários pontos de vista, de quem acredita, de quem acha tudo uma mentira, de quem brinca com tudo! temos muitas letras sem título, ainda não estamos preocupados com isso!

Tem alguma previsão de lançamento?

Ainda não temos nem previsão de mixagem a masterização. Mas temos que fazer isso este ano. Isso seria muito bom.

Por último, como foi a receptvidade dos americanos no festival South by Southwest, no Texas?

Foi à melhor possível! Eles gostam de dançar e de ouvir música igualzinho o nosso povo. Lá em Austin tem muitos mexicanos e isso ajuda porque eles têm o swing no pé também.



CONTATOS



COMUNIDADE: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1356565

PERFIL: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=432096726387771148

FOTOLOG: http://www.fotolog.com/lapupuna

MYSPACE: http://www.myspace.com/lapupuna

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VENDA DE CDs E CAMISAS: (91) 3222-1585

EMAIL: lapupuna@gmail.com

CONTATO PARA SHOWS: (91) 8118-6326 - Marcel; (91) 8187-8180 - Coruja.

ENTREVISTAS: (91) 8106-6030 - Félix; (91) 8181-0116 - Adriano.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

NO DIA MUNDIAL DO ROCK: JAYME KATARRO...DELINQUENTES SEMPRE !!!

Jayme durante as gravações do clipe "Vagamundo"


Jayme José Ferreira Pontes Neto, ou melhor, Jayme Katarro, vocalista de uma das maiores bandas de Hardcore do mundo, Delinquentes. Hoje, que é considerado o Dia Mundial do Rock, vamos homenagear um dos ícones do Rock Paraense, que está atuando nessa História há mais de 20 anos. Nessa entrevista, ele fala da nova formação da banda, entre outras cositas más. Mas antes assista o atual videoclipe da banda "Vagamundo", direção de Roger Paes, edição Robson Fonseca. Atualmente a banda Delinquentes é formada por: Jayme Katarro (voz), Raphael (bateria), Pedrinho (guitarra) e Pablo (baixo).



ENTREVISTA

Conte todas as novidades sobre a banda Delinquentes para esse ano?

Bom, as novidades começaram ainda neste final de semestre. Uma delas foi à mudança na formação. Saiu o Sandrão, que tava com a gente há uns três ou quatro anos (além de ter tocado no passado conosco) e entrou o Pablo, que vem de bandas como Valssa, Aerolito e Metallica cover. Ou seja, o cara respira som pesado. Outra novidade que já vingou foi o nosso novo clipe, da música Vagamundo, produzido pela Funtelpa. O clipe foi gravado numa manhã de sábado, num dos sinais mais movimentados de Belém e graças à originalidade do diretor (Roger Paes) e da edição (que ficou a cargo de Robson Fonseca), posso dizer que agradou em geral. Para o 2º semestre vem o 2º CD, que finalmente foi pra fábrica e depois tem a Se Rasgum e outros shows legais, como o lançamento que queremos fazer do nosso CD.

Como analisa a cena independente hoje e no passado no Brasil?

Com a internet tudo melhorou. Não se precisa mais ficar mandando pelo correio com as já saudosas demo-tapes pro resto do país para poder divulgar seu som. Lembro de quando eu varava a noite escrevendo cartas, só respondendo pros parceiros de outros estados e divulgando a banda. Hoje também tem os festivais, cada vez mais integrados e de certa forma unificados, cada um a seu estilo, logicamente. Mas é importante frisar que a banda tem que suar. Pensar que com as facilidades de hoje em dia as coisas vão cair do céu é não dar chance ao seu próprio trabalho.

O que está faltando para uma profissionalização da cena independente no Brasil e no Pará?

Mais espaços para se tocar. Qualidade nós temos e isso já foi provado. Só não enverga jornalista que tem raiva da gente e continua batendo na mesma tecla, ou seja, meter o pau no que é nosso. As poucas bandas que conseguem sair daqui são super elogiadas lá fora, mesmo com todo o mercado concorrente. E se são poucas bandas que saem, é devido à falta de grana para isso ou mesmo falta de tempo, devido os outros compromissos pessoais dos seus integrantes.

A banda está com um baixista novo, como é ter esse gás novo atuando?

Muito bom. Mais ainda porque o Pablo, além de tocar bem e curtir praticamente a mesma linha da banda, já era um grande fã nosso. É mais fácil assim, pois o cara veste a camisa mesmo, e a coisa vai mais além do que uma mera empolgação, que rola geralmente quando o cara entra numa banda nova.

Como a banda usa a internet para divulgar o trabalho dos Delinquentes?
Só não uso mais por falta de tempo. Mas o que posso eu uso. Myspace, fotolog, orkut, youtube. Estamos querendo fazer nosso site também agora. Acho que tem que se usar o máximo que puder. Além disso, faço um informativo da banda que distribuo pelos e-mails. Esse infromativo, que é uma espécie de diário e agenda da banda, já faço há tempos, desde quando a internet tava começando a pegar força (nem havia orkut nessa época, só fotolog). Fiquei um tempo parado e prometi que só retornaria a mandar novamente quando o cd novo tivesse pra sair.

CONTATOS

ORKUT: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=24526474

MYSPACE: http://myspace.com/delinquenteshc

BELROCK: http://www.belrock.com.br/delinquentes

MÚSICA PARAENSE: http://musicaparaense.blogspot.com/search/label/Delinquentes

FOTOLOG: http://www.fotolog.com/delinquentes

YOUTUBE: http://www.youtube.com/user/DelinquentesHC

EMAIL: delinquentes.hc@gmail.com

domingo, 12 de julho de 2009

BANDA PLUG VENTURA - POP ROCK DE QUALIDADE


A banda paraense Plug Ventura estreou em grande estilo, em 2008, durante a edição local do lançamento do Portal Fora do Eixo. Conheça mais sobre a banda nessa entrevista, com o vocalista e guitarrista Lucas Padilha. Além dele, a Plug é ainda conta com Dangle Freitas (baixo), Fabricio Cruz (guitarra) e Marcos Bremgartner (bateria).


Quais são as perspectivas da banda para esse ano?

Até o fim do ano gente pretende fazer bastantes shows e divulgar a banda ao máximo, seja aqui em Belém ou em outras cidades e para isso estamos articulando esses shows com outras bandas. Ainda não temos nenhuma previsão de lançamento de um CD, mas queremos gravar mais algumas faixas em estúdio pra divulgar a banda.


Como vocês usam a internet para divulgar o trabalho da Plug Ventura?

A gente aproveita ao máximo das ferramentas que a internet dispõe: myspace, orkut, twitter, fotolog, youtube e ainda existem outras que a gente não usa, porque aí não sobraria tempo pra ensaiar. É muito importante pras bandas independentes usar a rede, mas além disso é preciso saber se comunicar por ela, porque não basta você jogar as coisas lá e não divulgar, não convidar, não estabelecer um contato com as pessoas que estão ligadas à você. Também não dá prá atualizar, por exemplo, o seu fotolog hoje e fazer uma nova atualização só no mês que vem senão as pessoas esquecem que um dia foram teus fãs.

Quais foram as principais conquistas da banda até agora?

Cara, eu poderia dizer que a nossa maior conquista foi ter aparecido no programa do Henrique Portugal (do Skank). Nossas músicas foram parar lá e tocaram nas rádios de São Paulo, Rio, BH e Goiânia. Mas eu ainda acho que o melhor que aconteceu pra banda foi NÃO tocar no Fest Music!
Rolou toda aquela história de ganhar a votação e no fim a gente acabou não levando. Na hora foi uma puta dor de cabeça, mas depois a gente tirou um certo proveito disso. A banda ficou mais conhecida, as músicas também e, bem ou mal, acabaram dando uma força na nossa divulgação.

Como vocês analisam a cena da música independente aqui e no resto do Brasil?

Cara, eu acho que aqui - sem querer ser chato ou criar intriga - a gente AINDA não tem uma cena consolidada. Existem boas bandas, umas mais experientes e outras menos; um festival importante; gente que divulga e gente que curte o trabalho dessas bandas.
Eu não sei o que acontece que a gente empaca no meio do caminho! Acho que tem um pouco de comodismo das bandas, sei lá. Eu só sei que chega às vésperas de festival e tem um bando de neguinho querendo tocar e fica mordido porque a banda dele não foi selecionada! Mas porra, o cara não deus as caras o ano inteiro...
Eu também entendo que lugar pra tocar aqui em Belém tá foda. Ou a banda lota a casa ou então tem que dividir espaço com os covers. Agora esses são problemas que acontecem em todos os lugares, o que a gente ainda não conseguiu foi superar esses obstáculos!
Mas o que não dá é pra ficar de braços cruzados esperando o sucesso chegar do nada. Tem que tocar, movimentar, causar alvoroço, chamar a atenção mesmo.
A gente já mora tão longe do centro de tudo que se o pessoal não se mexer e tocar bem alto, ninguém vai ouvir a gente.


CONHEÇA A BANDA PLUG VENTURA:





Contatos: + 55 91 8127 8915


sábado, 11 de julho de 2009

ESPAÇO CUBO E O CUBO CARD: A CULTURA INDEPENDENTE EM CUIABÁ


Muito já se falou, mas muito pouco se sabe sobre como funciona o Espaço Cubo e o Cubo Card, duas características principais da movimentação independente de Cuiabá. Nessa entrevista, Lenissa Lenza, responsável pela Administração Financeira do Cubo Card, contou detalhes dessa História. Mais informações: http://www.espacocubo.blogger.com.br/


Conte a história do Espaço Cubo, para quem ainda não conhece?


O Espaço Cubo é uma organização coletiva cultural, auto denominada Instituto Cultural, que trabalha uma rede de ações laboratoriais estruturantes da cadeia produtiva cultural, partindo do segmento da música. Temos projetos que contemplam áreas da comunicação, audiovisual, música, educação, economia solidária, artes visuais, teatro, literatura etc.O início da formação do Cubo se deu justamente pela necessidade de termos um grupo coeso trabalhando em prol da cultura alternativa local, autoral e independente.


Num cenário dominado por covers e ações culturais isoladas, enxergamos a necessidade de ter esse ponto de partida atuando de uma maneira nova em Cuiabá (MT). Juntamos três parceiros do movimento estudantil, dois músicos e técnicos de áudio da cidade e montamos o cubo em 2002.


A partir daí, criamos discussões com as bandas locais, grupos de rap, escritores de blog, estudantes e etc em forma de reuniões diárias no cubo, definindo idéias e encaminhando a execução delas. O Festival Calango é um desses projetos, além do projeto 12 atos, imprensa de zine, Grito Rock e etc. Concebendo e executando projetos diversos e envolvendo todos os agentes potenciais da cadeia cultural nas iniciativas, chegamos a uma estrutura bacana de organização coletiva, contendo frentes gestoras (projetos e núcleos geradores e conceituadores dos trabalhos do instituto) e serviços de produção (células de execução das atividades propostas pelas frentes gestoras).


Dentro da estrutura de organização, destaco o planejamento como a célula que media as frentes gestoras e o sistema de crédito cubo card como mediador dos setores produtivos.

Trabalhando de maneira sincrônica, obtivemos resultados organizados, qualificados reunindo direto e indiretamente, uma grande diversidade de agentes culturais, o que possibilitou a ampliação do nosso conceito pelo país.


Quais foram os momentos marcantes de todo o desenvolvimento do Espaço Cubo para a cultura de Cuiabá e nacional?


Em 2002, a criação da AMMT (antiga VOLUME), grupo político de músicos geridos pelo Espaço Cubo, que inclusive moveu abaixo assinado contra a ordem dos músicos e participava em peso dos fóruns políticos culturais locais, garantiu uma notória visibilidade da nossa organização coletiva. Ainda em 2002 o projeto de evento garagem "Domingo no Cubo" atraiu jovens estudantes e artistas de todos os cantos da cidade.


Em 2003, o Festival Calango já se configurou como um Festival dentro do conceito ideal: dois palcos, 22 bandas independentes, intercâmbio com produtores independentes nacionais (Monstro e Porão) e etc. Além de ser o primeiro Festival de música independente de Cuiabá. Isso já causou um impacto localmente e o Cubo começou a ser reconhecido. No mesmo ano, o projeto Imprensa de Zine, executado nas escolas públicas da cidade, ganhou o prêmio UNIMED Receita e Cidadania, mais uma chancela pro Espaço Cubo localmente.


O projeto 12 ATOS ganhou notória visibilidade local em 2003, com eventos autorais permanentes na cidade, contando com bandas nacionais independentes de peso (como Autoramas, Dance of Days e Forgotten). Em 2003 criamos o Grito Rock com shows de bandas locais e do centro oeste, nos dias do carnaval. Um período que deu muito certo: o maior número de público para os nossos eventos até então, depois do Festival Calango. Criamos o primeiro programa de rádio da Imprensa de Zine nas escolas e as escolas se tornavam rotas de circulação das bandas autorais locais. Os jornais oficiais locais já chancelavam nossas ações e as pessoas foram se aproximando, especialmente as instância públicas municipais e estaduais. Ainda em 2003 criamos a I SEMUS - Semana da música.


Em 2004, criamos a Próxima Cena (frente de audiovisual independente), o Sistema de Crédito Cubo Card, produzimos o "Domingo no Campus" e a rádio livre na SBPC realizados na UFMT (em parceria com o panamby) e lançamos a primeira banda local pra rodar nos Festivais independentes - Deffor (Bananada 2004). Em 2004 lançamos a agência cubo de bandas com Deefor, Strauss, Tipumnada, Kayamaré e Donalua no seu casting.


Em 2005, a chancela nacional veio definitivamente com o Festival Calango na rota nacional: 48 bandas (entre as maiores do país), inúmeros produtores nacionais, jornalistas de todo país, além de criar o conceito de artes integradas, propiciando o fomento do cenário independente em outros segmentos culturais. Foi em 2005 também, o ano que fundamos junto a outros produtores, o Circuito Fora do Eixo - rede de coletivos independentes do Brasil e a ABRAFIN - Associação brasileira de Festivais Independentes. Em 2005, o Espaço Cubo desponta para o cenário nacional. Ainda em 2005 lançamos a I Coletânea Cerrado, com diversas bandas locais e o I Programa de rádio e de tv Fora do Eixo.


Em 2006, o sistema de crédito cubo card que havia se iniciado timidamente em 2004, é lançado pro cenário nacional, via Festival Calango. Ainda em 2006 criamos a I SEDA - Semana do audiovisual com a finalização de 04 curtas amadores. Em 2006 Produzimos o primeiro curta-metragem PRESENTE e o primeiro videoclipe profissional da banda Vanguart, além da primeira CUBO TUR Vanguart para Festivais independentes. Ainda em 2006 lançamos o projeto Calango Skate Park promovendo o lançamento de 04 demos das bandas locais e o projeto Jovens Arteiros.


Em 2007, Criamos a Casa Fora do Eixo, casa de shows que movimentou o cenário local permanentemente, sendo a única casa que não tocava cover e fomentou novos coletivos o cenário local como PADAM (griff alternativa), PULLOFF (produtora de eventos), Quantick (Dj´s), PANAMBY (coletivo universitário) e etc. O Grito Rock, nesse ano, se tornou nacional, agindo como um evento integrado em 50 cidades brasileiras e entra pro calendário oficial do município, tendo o apoio da secretaria municipal de cultura. Participamos do Conselho Municipal de cultura aprovando o sistema híbrido do Fundo de investimentos, o conselho tripartite e a atuando na construção do Primeiro Edital Cidade Arte. O videoclipe do Vanguart, produzido em 2006, concorre ao VMB e vence o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, na categoria videoclipe pelo júri técnico. Além disso, ele entra na programação da MTV nacional. Ainda em 2007, produzimos o I Festival Fora do Eixo, em São Paulo, ocupando sete casas de shows com bandas independentes de todo o país. Aplicamos oficinas de "Fomento a Coletivos", em quatro municípios de Minas, entre eles o coletivo Retomada e na cidade de Rio Branco (ACRE) com o Coletivo Catraia. Nos tornamos 'fellows' da ASHOKA (organização mundial de empreendedores sociais) e circulamos por quase todos os Festivais e diversos eventos nacionais sobre a música e a cultura. Produzimos através da SEDA o primeiro videoclipe do Macaco Bong e logo veio o segundo "Noise Jams" selecionado por vários festivais do país e entrando na programação oficial da MTV. Também lançamos o Primeiro Festival Volume, realizado no formato Casa de shows. Em 2007 o filme "A cruzada" produzido na SEDA e realizado pela Próxima Cena, vence o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, na categoria melhor vídeo pelo júri popular. Ainda em 2007 desenvolvemos o CUBO TEC, sendo um banco "hubby" descentralizado de todas as tecnologias produzidas pelo espaço cubo.


Em 2008, assumimos a gestão do MISC - Museu da Imagem e do Som de Cuiabá e implantamos o primeiro conselho gestor coletivo (junto a sociedade civil) de um órgão público cultural. Também lançamos junto à prefeitura e secretaria municipal de Cuiabá, a Governança integrada, reunindo gestores dos equipamentos públicos e coletivos culturais locais pra debater a política pública cultural de Cuiabá. Lançamos o I Prêmio Hell City da música independente. Criamos um modelo de Centro de mídia independente, sincronizando todos os veículos de comunicação alternativos de cada coletivo, possibilitando ainda a criação do MIC - Mídias integradas e independentes dos coletivos cuiabanos. No mesmo ano produzimos o Portal Fora do Eixo, reunindo comunicadores de todos os coletivos nacionais. Ainda em 2008 o Grito Rock abarca a América do Sul, incluindo produções em cidades como Buenos Aires e Montivideo e o Festival Calango lança a moeda complementar oficial do cubo card no mercado nacional, além de realizar o I Congresso Fora do Eixo, atraindo coletivos de todo o país. 2008 é o ano em que Macaco Bong se torna o melhor CD do ano pela revista Rolling Stone e é distribuído pela Monstro Discos e Fora do Eixo discos. O Festival Calango entra sob a chancela da Petrobrás, sendo um dos projetos selecionados e fecha parcerias com a TRAMA e SOL nacional. A SEDA - Semana do audiovisual ganha o prêmio Funarte e se abre para o cenário nacional. 2008 fundamos a TV CUBO e criamos o Primeiro Documentário do Grito Rock Cuiabá.


Como funciona o Cubo Card?


É um sistema de trocas de serviços e produtos entre os agentes da cadeia produtiva cultural. Inicialmente, organizamos o que seria o nosso "lastro inicial" com os serviços e produtos que o Cubo poderia prestar pras bandas e artistas locais, em troca de shows e espetáculos. Dessa maneira, iniciamos o princípio de um mercado local autoral pautado na troca solidária.Com o tempo, as bandas ofereciam mais serviços além dos seus shows pra trocar com o Cubo e o Cubo buscou novas parcerias com o mercado local para ampliar seu lastro, como empresas de vídeo, restaurantes, hotéis, lojas musicais, tatoo e etc.


A ideia foi ganhando força e até o poder público local se integrou ao sistema. O sistema de viabilizar ações através das trocas, se tornou uma vantagem pro cenário cultural local. Tem duas maneiras para se tornar um agente integrado do cubo card: através do apoio e da participação nos projetos do Instituto. No caso das empresas, trocar o financiamento / apoio dado aos nossos eventos pelos serviços integrados ao sistema é um elemento a mais para o investimento na ação que já oferece a mídia como contrapartida. Assim como para o poder público que naturalmente deve investir em ações estruturantes para a política pública. Além disso a empresa e o poder público ainda têm a opção de "apoiar" em serviços e produtos, ao invés de em real (R$), o que torna ainda mais vantajoso. Para os coletivos / grupos e agentes culturais, o trabalho em parceria e disponibilizado para projetos em geral do Cubo, já garante a integração no sistema. Ou seja, qualquer um pode se integrar ao sistema de crédito pois todo mundo tem o que oferecer para a troca.


A partir da primeira troca efetuada com o Cubo, é realizado um cadastramento do agente, oficializando sua inserção no sistema. O Cubo Card estimula a profissionalização da cadeia produtiva cultural, garante a remuneração que viabiliza a própria manutenção desse cenário e possibilita a criação de novos empreendimentos culturais que conseguem reduzir o custo em R$ do seu orçamento, garantindo o restante via moeda complementar. O Sistema de Crédito Cubo Card atinge hoje o mercado cultural nacional, sendo uma referência para a Economia Solidária brasileira e difundido inclusive em âmbito internacional. O Cubo Card tornou-se modelo para a implementação de outras moedas complementares, no Circuito Cultural Fora do Eixo, como o Goma Card em Uberlândia e fomenta a organização de outras moedas complementares pelos coletivos da rede através do Fora do Eixo Card, além de fomentar a criação de dois sistemas de créditos nas comunidades periféricas de Recife (Alto Zé do Pinho e Santo Amaro) através do PIMB (Plano de implementação de bancos populares e moedas complementares) em parceria com o Lumo Coletivo e a Fundarpe.


Quais são os projetos do Espaço Cubo que estão em andamento? E quais serão os próximos projetos?

Os projetos do Cubo são permanentes, então todos eles são continuados, uma vez criados. No começo de 2009 começamos o PIMB PE (plano de implementação de bancos populares e moedas complementares em Pernambuco), as oficinas do Cubo Tec por Recife, a reformulação do Portal Fora do Eixo, o mapeamento dos serviços e produtos de todos os coletivos da rede, o mapeamento da cadeia produtiva musical independente por regiões do CFE, Congresso Fora do Eixo, Festival Fora do Eixo, Fora do Eixo Discos, o Festival Calango, a Semana da Música, reformulação da gestão do MISC, abertura do Hell City Pub, Turnê do macaco Bong à Argentina, Reforma do estúdio cubo de gravação e etc. Esses são alguns dos projetos em andamento e que são almejados pra finalização em 2009.


O que você poderia destacar da cultura independente no Pará?


O Pará tem uma projeção cultural nacional bem ampla. Digno de um cenário bem diverso e fervilhante, ritmos regionais peculiares como a guitarrada e bandas de peso como Madame Saatan, La pupunã, mestre laurentino, Suzana Flag, além do grande Festival e produtora Serasgum, o Pará está na rota da cena independente nacional e do Circuito Fora do Eixo. Além disso o fotógrafo Renato Reis, um dos maiores fotógrafos parceiros do CFE é do Pará. Apesar de ainda não ter um coletivo que o represente no Circuito e nem compôr um dos Festivais filiados à Abrafin, o Pará demonstra ser uma cena pulsante e sempre promissora.



sexta-feira, 10 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

FESTAS NESSA QUINTA EM BELÉM: TE COMPORTA MENINA! E SE RASGUM EXPRESS




TEXTO DE DIVULGAÇÃO:



TE COMPORTA, MENINA
Johny Rockstar, Suzana Flag e La Pupuña dividem o palco


A festa “Te Comporta, menina”, que tem agitado as quintas-feiras de julho no Palafita, recebe como convidado especial neste dia 9 a banda Johny Rockstar. Formada em 2007, a banda Johny Rockstar é integrada pelos irmãos Nata Ken Máster e Eliezzer Wonkas (ex-Eletrola), além de Elder Effe (Ataque Fantasma e ex-Suzana Flag) e Ivan Vanzar (Madame Saatan).

Além de tocar músicas de seu primeiro EP, como “Alcalina”, “Johny Rockstar” e “A Vingança dos Chatos”, a banda toca clássicos do rock and roll como “Johnny B.Good” e covers de Foo Figthers e Weezer, banda que influenciou o surgimento da JRS, uma das principais do novo rock paraense autoral.

A festa “Te Comporta, Menina” vai ter uma banda convidada a cada quinta-feira do mês de julho para se apresentar ao lado das bandas anfitriãs La Pupuña e Suzana Flag. Com a banda JRS deve haver grande interação com o JRS, como a apresentação de covers e clássicos do Suzana Flag em conjunto, como “Contraposto”.

No seu repertório, a banda Suzana Flag antecipa músicas do seu disco que está no forno, Souvenir, aprovado pelo edital da Secult no ano passado e que está para ser lançado. Além disso, 60% do repertório é marcado por clássicos da MPB e do pop rock, incluindo releituras bregas clássicos dos anos 1980.

Por sua vez o La Pupuña vem da divulgação de seu disco, “All Rigth, Penoso”, que conquista fãs a cada nova audição pelo Brasil e pelo mundo. Depois de tocar no South by Southwest, em Austin (EUA), a banda apresenta seu show dançante, a ritmos latinos e paraenses, prometendo surpresas em parceria com o Suzana Flag.

Nesta segunda noite, além das bandas anfitriãs e da Johny Rockstar, que apresentou grande show no Fest Music, a festa vai ter a participação dos DJs Fernando Wanzeller e Sidney Filho, tocando clássicos do Rock and Rock anos 80 e 90.

As bandas Brizaboa (pop reggae), Van Pelts (pop e alternative rock) e Cuba Libre (Ritmos Latinos e Black) são as bandas que completam o mês a cada quinta-feira. A programação tem apoio da MTV Belém. Mulheres com flyer da festa não pagam até as 22h.


SERVIÇO:

Toda quinta-feira, festa “Te Comporta, Menina!”, no Palafita, Cidade Velha, ao lado do Píer das 11 Janelas, a partir das 22h. Ingressos a R$ 10. APOIO: MTV Belém e Ná Figueredo. Informações: 9614 1005.
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TEXTO DE DIVULGAÇÃO:
SE RASGUM EXPRESS
Na surpresa, a festa Se Rasgum Express leva sua bagaceira para esta quinta-feira, 9, no Café com Arte, com promoções de bebidas e DJs.Movimentando o seu verão em Belém, a Dançum Se Rasgum Produciones ataca na surpresa com a festinha Se Rasgum Express, para os que estão em casa na noite de quinta-feira mas querem mais da vida com rock ‘n’ roll, cerveja e mulher bonita na pista.Como em suas festas de revival no Café com Arte, a Se Rasgum calibra a noite com o melhor do rock e suas subdivisões na pista, como indie rock, clássicos 60 e 70, new wave, nacionais, samba rock, latinos, trashpop e pop sem vergonha de ser pop.
Junto ao DJ Roberto Figueiredo e convidados, os DJs Se Rasgum adicionam sua fórmula ao som dos ambientes do Café com Arte com samba-rock, sons latinos e rasgação no Porão, além do velho rock ‘n’ roll em todas as suas formas na pista principal. Na galeria, telão com imagens dos principais shows das edições passadas do Festival Se Rasgum.Promoção: E o bar do Café com Arte mantém a promoção de 5 latas - ou 4 long necks - por 10 reais. E até a meia-noite tem tequila a 5 pilas. É isso aí, muchacho, festa express tem que ser bebedeira express também.
Line up de DJs:
Damaso
G. Bandini
Arede
Liliane
Roberto Figueiredo
Soninha & Bina
SERVIÇO
Se Rasgum Express – 09.07
Local: Café com Arte (Travessa Rui Barbosa, 1437)
Ingressos: 10 reais até meia-noite.
Hora: 22h.

terça-feira, 7 de julho de 2009

STRESS ESTÁ DE VOLTA


Parece que um dos maiores desejos dos headbangers do Brasil está prestes a se tornar realidade. A primeira banda brasileira a lançar um disco de Heavy Metal está de volta, STRESS.
Várias homenagens, tributos marcarão esse momento no segundo semestre. Saiba mais, nessa entrevista exclusiva com o vocalista e baixista, Roosevelt Bala. Além dele, a STRESS é formada por André Chamon (bateria) e Paulo Gui (guitarra)

Quais são as perspectivas para a banda Stress em 2009?

Temos algumas novidades interessantes para este ano. Em agosto lançaremos um CD intitulado “Live ‘n’ Memory”, que contém oito faixas ao vivo dos maiores clássicos da banda. Além de, quatro faixas de uma demo raríssima e inédita, gravada em 1986. A publicação dessa demo é um tributo ao nosso guitarrista da época, o Christian, que gravou essa demo e veio a falecer em 92. O CD terá ainda como faixa bônus a música “Coração de Metal”, um dos nossos maiores hits da atualidade. Mas, tem um detalhe, esse álbum será lançado na Europa, pelo selo Metal Soldiers, somente pouquíssimas cópias virão para o Brasil. Será mais um álbum raro da banda.
O Stress estará nos documentários Global Metal e Brasil Heavy Metal, a serem lançados no Brasil no segundo semestre. Neste último, o Stress participará da trilha sonora com uma música inédita, que será o tema principal do filme. A música tem o mesmo nome do documentário (BHM), terá a participação dos principais vocalistas de metal do Brasil, e terá um clipe que será amplamente divulgado nas televisões brasileiras.
Estamos terminando os arranjos das músicas inéditas que estarão no próximo álbum da banda, previsto para outubro deste ano. Assim que fecharmos acordo com um selo nacional, lançaremos o nosso DVD ao vivo, que está prontinho, só faltando uma parceria para prensagem e distribuição. No segundo semestre faremos shows no Rio e em São Paulo, para divulgação de todo esse material que mencionei. Estamos prontos pra tocar, é só chamar.

Como as bandas, produtores e jornalistas do resto do País tratam a Stress?

Mesmo após todos esses anos, que estivemos fora do circuito metal brasileiro, é surpreendente ver o respeito e o reconhecimento que a imprensa especializada tem para com o Stress. Fomos muito bem tratados com toda a atenção em todas as cidades em que nos apresentamos nos últimos anos. As revistas e os zines sempre nos procuram para entrevistas e matérias em geral. Na maioria das vezes são pessoas muito jovens que estão à frente, que nem tinham nascido quando o Stress fazia seus primeiros shows. Mas, é assim que o movimento funciona, as informações são repassadas para as gerações seguintes, é por isso que o Rock e o Metal são eternos.

Como você analisa o atual rock paraense? E o que você poderia destacar?

Nossa cena sempre foi muito forte, desde os primórdios nos anos 70. Tivemos aqui em Belém nosso próprio movimento, com grandes bandas e músicos de muita qualidade. Chegamos a ter grandes festivais que chamaram a atenção de produtores de renome nacional, mesmo sem ter apoio de nenhuma instituição ou órgão público. Mas, isso nunca foi problema para os “guerreiros” paraenses, que sempre dão um jeito de produzir e encenar seus shows. Porém, chega aquele momento em que já se fez de tudo e Belém fica pequena para o potencial das bandas. É aí que damos de “cara” com nosso principal adversário, a barreira geográfica que nos separa dos ditos grandes centros culturais do país. A única saída é sair da cidade e tentar vôos mais altos morando numa grande capital do sudeste, Nos anos 80 o Rio era “a capital”, por isso o Stress se mudou pra lá. Mas, atualmente São Paulo é a mais procurada. Não tem outro jeito, é preciso estar no meio da “muvuca”, aproveitar as oportunidades que aparecem em tempo real. Muitas bandas paraenses já tentaram fazer essa jornada: Morfeus, Zênite, Álibe de Orfeu, Mosaico de Ravena. Infelizmente, nenhuma delas conseguiu se manter por muito tempo e deixar seu nome reconhecido nacionalmente. Estamos na torcida pela banda Madame Saatan, nosso representante de maior força atualmente, banda que tem talento e garra de sobra pra conquistar o seu espaço no cenário nacional, pois, é muito melhor do que tudo o que está aí na mídia atualmente.

Como a banda usa a internet para divulgar o trabalho?

A net tem um papel fundamental na agilização, otimização de tempo e custos para a divulgação de informações.Os zines xerocados deram lugar aos sites, blogs, etc. Os e-mails substituíram as cartas, com a grande vantagem de poderem comportar além dos textos: fotos, artes, músicas e por aí vai. O MSN permite o diálogo em tempo real (por fone e câmera, inclusive), com a troca de material gráfico, imagem e áudio, tudo isso com a comodidade de você poder estar em sua casa. Temos nosso site oficial, myspace, orkut, email, estamos usando todas essas ferramentas para nos comunicarmos com nossos fãs, amigos, bandas, produtores. Enfim, estamos “conectados” com o mundo, mesmo morando na Amazônia.


STRESS NA INTERNET:

Orkut:
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

QUEM SÃO OS DESTRUIDORES DE TÓQUIO?


A banda de Capanema, interior do Pará, Destruidores de Tóquio consegue de forma inusitada misturar a psicodelia dos anos 60 e 70, com letras irônicas. Conheça mais dessa banda, nessa entrevista com o guitarrista e vocalista Nazo Glins. Além a banda é formada por Messias Lima (bateria) e Alex Lima (baixo e vocais). Para conhecer o trabalho deles, entre no myspace: http://www.myspace.com/destruidoresdetoquio.

Conte sobre a trajetória da banda em todos esses anos?


Na segunda metade dos anos 90, eu (Nazo Glins) e meu irmão Fábio Lins (baterista), perambulávamos por bandas de vida curta, sempre nadando contra a maré, o mundo vivia o auge do grunge, mas nós insistíamos num repertório um tanto esdrúxulo pra pequena Capanema, tocávamos: Velvet Undergroud, Bowie, T Rex, Smiths. Numa das últimas tentativas de banda cover, tivemos na formação Alex lima, atual baixista dos Destruidores. A banda se desfez, fiquei um tempo parado, onde aproveitei pra compor algumas músicas. No final de 2002, o irmão do Alex, Messias Lima, estava aprendendo a tocar bateria, novamente resolvemos montar uma banda, agora um trio, e com trabalho autoral. Estreamos no dia de finados daquele ano, no bar da Mônica, uma amiga da banda, que ficava bem próximo do cemitério da cidade, no ano seguinte caímos na estrada, tocando pelo interior, sob condições precárias. um dia o Alex arrebentou um baixo, caindo de um palco tão pequeno que mal cabia a banda, decidimos então dar um novo rumo ao nosso trabalho, pois já viajávamos pelo interior havia quase três anos, e já tínhamos destruído quase todo o nosso equipamento em viagens, e uma certa experiência de estrada, fomos pra capital no começo de 2006, para divulgar nosso CD demo “A celebração da autodestruição”, na nossa primeira apresentação pra divulgar esse disco em Belém, foi no bar Mormaço. Não posso deixar de destacar a apresentação no Milo Garage, em São Paulo, no ano passado, no aniversário da Peligro discos, após vencermos um concurso promovido pela Trama Virtual.

Quais são as principais influências de cada músico?


Eu curto Ronnie Von, na fase “psicotupinicodélica”; Roberto Carlos, safra 67; Amado Batista e toda a fase de ouro da música brega (Carlos Alexandre, Diana, Lindomar Castilho) Erasmo Carlos, Hermes de Aquino, Azimuth, e Ave Sangria. O Alex adora a Geração 83, Smiths, The Cure, New Order, Housemartins. O Messias gosta de bandas mais "novas", Libertines, Supergrass, novidades na internet, e de bandas gaúchas. Todos nós gostamos de Kinks, Lou Reed, Stooges e Neutral Milk Hotel, uma grande influência pra banda foi o disco “Rádio 2000”, do Stereoscope, responsável por parte das mudanças em nosso som.

O que significa Destruidores de Tóquio?

Nós precisávamos de um nome ímpar pra divulgar na rede, um nome tipo: pesquisar no Google, e os resultados sejam todos ligados a banda, e o nome foi idéia de um artista plástico nosso amigo, o Lincão.


Como é a cena roqueira de Capanema (município localizado na região Nordeste do Pará, a 149 km de Belém, fonte: http://www.ferias.tur.br/informacoes/4596/capanema-pa.html)?


Continua como quando eu comecei com as minhas primeiras tentativas de banda, duas ou três bandas cover tocando em botecos, só que agora com um repertório ruim e com um mal gosto de deixar constrangido o Wanderley Andrade. Capanema é um bom lugar pra viver, mas é péssimo pra tocar. Capanema parou em 1995.

Como vocês utilizam a internet para divulgar o trabalho da banda?


Utilizamos de todas as formas possíveis e imagináveis, a internet foi o nosso teletransporte pra fugir da cena capanemense. Adoramos matérias nossas em blogs, site, e outros veículos on-line, é uma grande divulgação para uma banda.

Quais são os projetos para esse ano dos Destruidores de Tóquio?


Temos um disco pronto, que foi gravado em setembro do ano passado, nos porões da Ná music, o novo estúdio do Ná que é do caralho, diga-se de passagem, o disco foi produzido por Ricardo Maradei e pelo Jack (Stereoscope), o que foi uma honra para nós. O Ricardo tocou em algumas faixas , arranjou outras, resumindo, teve uma grande participação nesse novo trabalho da banda, e nos ajudou bastante, o disco foi mixado em Brasília pelo Gustavo Dreher, e masterizado pelo Thomas Dreher, isso tudo deu uma valorizada no nosso som, ficou com uma qualidade fantástica, estamos na expectativa, é o nosso primeiro trabalho oficial (industrializado), e vai ser lançado em julho pela “Ná music”, e vai se chamar “O Avesso e o Avesso”, uma citação a Albert Camus. Quero também aproveitar a oportunidade para agradecer ao Ná Figueredo, por ter confiado no nosso trabalho. Depois do lançamento, vamos tocar em alguns bares em Brasília, e depois seguimos para São Paulo. Estamos apostando na cena dos bares, pois os festivais estão congestionados, e pra se conseguir algum destaque em um festival , além da música, acho que você tem também que cuspir fogo, usar um vestido de noiva, ou dar um tiro na própria cabeça no meio da apresentação. São muitas bandas e pouco espaço. Eu não tenho talento pra ficar refém de festivais, as bandas são maiores que os festivais, mesmo as pequenas bandas. Viajaremos com o Stereoscope, já está quase tudo programado, faltando alguns detalhes, mas devemos partir em outubro deste ano , não vai ser nada de mais, só duas bandas viajando e tocando sem nenhum glamour, algo meio mambembe.

domingo, 5 de julho de 2009

BALANÇO DO ROCK COMPLETA 19 ANOS - A MAIS TRIBAL DE TODAS AS FESTAS


Balanço do Rock, programa da Cultura FM (93,7), completa 19 anos. Apresentado por Beto Fares, todos os sábados, das 16 às 17h. O programa também conta com a participação Regina Silva, Ulisses Moreira, Agostinho Soares e Felipe Gillet na produção. Saiba detalhes da história do programa e também do futuro dele nessa entrevista, com Beto Fares.


Como começou o teu interesse pelo rock'n'roll?


Minha mãe tocava violino, meus tios tocavam violão, minhas tias cordas. Isso me levou pra música. Sou caçula de oito irmãos, pude ouvir quase todo tipo de música, da bossa nova aos Beatles. O rock veio com todas essas coisas, reforçado com a adolescência e a ascensão dos anos 1970 com suas mega-hiper-super bandas.

Conte a história do programa “Balanço do Rock”, que já se tornou referência nacional?

Quem começou com o “Balanço” foi o Marcelo Ferreira junto com o Felipe Gillet, eles fizeram um projeto pra uma série de programas contando o rock em quatro etapas, o rock nos anos 1950, 60, 70 e 80. Isso foi na volta das férias escolares de julho 1990. Eles me convidaram pra ajudar a montar os roteiros. Fizemos a série mas a resposta da audiência era muito significativa, principalmente para um quadro que tinha musical livre, onde podias tocar rock sem estar preso a série. As quatro edições acabaram e eu fiquei responsável pelo programa. O número de pedidos no programa era muito expressivo, mas o que achei significativo foi o quanto os ouvintes pediam e queriam saber sobre o rock local. Em 1993, achei que deveríamos começar a produzir alguns tapes pra suprir essa demanda. Descobrimos que as bandas não sabiam nem como funcionava um estúdio de gravação direito e foi ai nosso maior investimento. Invertemos todas as prioridades do programa deixando a música pop da cidade ser nossa referência número um. Daí, tem toda a história da inversão de valores do rock nacional nos anos 1990, e inconscientemente, todos os produtores nacionais estavam migrando no mesmo sentido, creio que por isso o “Balanço do Rock” ficou sendo a referência daqui, pelo menos na época.

Quais foram os melhores momentos? E os momentos mais engraçados?

Cara, o “Balanço do Rock” é tão cheio de grandes momentos que até é difícil falar disso: as bandas em estúdio é um momento de prazer incomensurável. Um caso foi à gravação do Retaliatory. Marcamos as sessões pro inicio da noite, hora que todos largávamos do trampo. Daí, chega o Lúcio Face Boll com a bateria dele sem as ferragens, não por maldade, porque ele não tinha mesmo. Todo mundo já estava até desistindo quando o Assis Figueredo, engenheiro de som, entrou na sala com um daqueles cinzeiros de madeira coletivo que ficam nos corredores das repartições públicas e disse: “Tá aqui, eu arranjei o banco pra bateria”. Ficou um silêncio momentâneo e todos caímos numa boa gargalhada. Cabos de vassouras resolveram nosso pequeno problema e a música “Voice From The Silence” virou um hino banger na época.

Quais os próximos passos do programa?


Continuamos ligados fortemente as bandas da cidade, estamos fazendo gravações ao vivo pra amostragens dentro do programa no máximo de qualidade técnica possível pra que além de mostrarmos as bandas, que elas saiam com um bom ensaio gravado. Outra coisa que acho legal, fizemos uma seleção de bandas com sons bem diversos pra rever a obra da banda Delinqüentes, um tributo simples a um dos caras mais agregadores e carismático da música daqui de Belém, o Jaime Katarro. Esse projeto coincide com os 19 anos do programa, os 24 do Delinqüentes e o 2° disco dos meninos. Uma banda de 24 anos cheia de histórias e hits que merecem ser mostradas para essa primeira geração do novo milênio. Esperamos que tudo esteja pronto até o final de agosto. Já temos dois outros projetos que vamos manter guardados. Por hora é isso. O “Balanço do Rock” hoje é um programa de prestação de serviços a música pop local sem barreiras ou preconceitos.