por Alan Matos
Diego Fadul, guitarrista da Aeroplano, conta nessa entrevista exclusiva todos os detalhes do novos passos da banda, entre eles, a gravação do novo CD em Goiânia. "A Internet é a mídia quase definitiva do futuro e é nosso habitat natural. Não tem quem domine mais as possibilidades da grande rede do que a gente.
Isso tudo possibilita muito mais uma maior circulação dos produtos música e show, do artista, do artista-empreendedor e de meios que driblem a lógica capitalista da distribuição de cultura".
Para conhecer mais entre na comunidade:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=2161005 ou aproveite esses links:
contato.aeroplano@gmail.com,
www.myspace.com/aeroplanobr,
www.fotolog.com/aeroplanorock.
O que vocês acharam do show de vocês no festival Se Rasgum?
Achamos um bom show, bastante técnico. Foi legal a Se Rasgum ter convidado a gente este ano, justamente no ano em que preferimos não nos inscrever para a seleção, já que estamos focados na feitura do disco.
Vocês pretendem gravar o CD em Goiânia. Como surgiu essa ideia?
O ano de 2009 representou o fim de uma etapa de mutação para o Aeroplano. Achamos que a coisa amadureceu o suficiente para fecharmos um disco e que seria uma época boa. A banda vai fazer cinco anos em 2010, então é tempo já de lançar um disco cheio e com uma distribuição grande. A ideia de gravar em Goiânia, no RockLab com o Gustavo Vasquez, veio do contato que tivemos com o Macaco Bong em 2008, no Festival Quebramar, em que tocamos juntos.
Além da qualidade do estúdio e do Gustavo como produtor, queremos agregar valor ao nosso disco.
É até engraçado, mas, particularmente, não faço ideia do que vai resultar gravar um disco do Aeroplano num estúdio tipicamente rock, numa cidade com um histórico tão roqueiro assim. Digo isso porque as músicas que vamos gravar tem um tom menos focado em guitarras e distorção. Estou curioso pra ver como vai ficar isso.
Quanto tempo vocês pretendem ficar em Goiânia?
Pela programação das passagens, vamos dia 5 e voltamos dia 23 de dezembro. Estamos entrando em contato com Fernando Rosa pra ver se conseguimos fazer alguma noite em Brasília, e vendo com o Gustavo Vasquez algo em Goiânia mesmo. Pintou um convite pra marcarmos algo em Cuiabá, mas vai depender do ritmo da gravação. Claro que gostaríamos de tocar nestes lugares, porque ajuda na formação de público e já é o primeiro passo pra voltarmos lá para algum festival, ou fechando datas em uma provável turnê pelo centro-oeste, que é um grande pólo de produção cultural independente.
Aquela perguntinha básica: O que vocês acham dessa movimentação da cena independente do Pará e do Brasil?
Acho que eu vi no Twitter do Fabrício Nobre (presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes e vocalista da banda MQN) falando algo como "mais do que 'do it your self', estamos na era do 'do it togheter'". Só em Belém tenho conhecimento de uns cinco coletivos ou associações de artistas independentes. No Brasil, só os do Fora do Eixo já computam 40. Não sei onde vamos todos chegar com estes números, nem o que podemos tornar possível daqui a alguns anos. A verdade é que é inegável a força da real música feita no Brasil.
Somos os verdadeiros artistas que produzem a música popular feita no âmago da sociedade brasileira.
Sabe, as mídias tradicionais parecem não estar preparadas para absorver o que é produzido por bandas incríveis como Violins, Macaco Bong, Superguidis, Stereoscope, Stereovitrola, entre muitas outras, mas acredito que o ponto não seja mais nem este.
A Internet é a mídia quase definitiva do futuro e é nosso habitat natural. Não tem quem domine mais as possibilidades da grande rede do que a gente.
Isso tudo possibilita muito mais uma maior circulação dos produtos música e show, do artista, do artista-empreendedor e de meios que driblem a lógica capitalista da distribuição de cultura.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário